Uma mãe de uma criança com deficiência denunciou, nesta sexta-feira (11), a dificuldade que enfrentou para conseguir embarcar em um ônibus do Transcol com sua filha, que é cadeirante. Ana Paula Ribeiro e sua filha, Allana Ribeiro, são moradoras de São Diogo II, na Serra.
A mãe contou que tentou embarcar em um ônibus no seu bairro, São Diogo II, mas os ônibus não paravam no ponto. Ela precisou esperar quase uma hora para conseguir embarcar em um ônibus que parasse no ponto.
Mas a situação dramática não parou por aí. Ana Paula afirmou que, ao chegar no Terminal de Laranjeiras, ela e sua filha foram destratadas por um motorista. O motorista teria levantado do seu lugar xingando e dito “que saco” quando foi abaixar o elevador para que a cadeirante pudesse embarcar.
“Eu não aguento mais ser invisível junto com minha filha para os motoristas dos ônibus. Desde a hora que saí de casa hoje para levar ela a Apae estou penando para pegar um ônibus. Eles passam e fazem de conta que sou invisível. Eu posso gritar, eu posso dar a mão, se eu tiver em um ponto sozinha, eles não param”, disse.
Ana Paula abriu uma ocorrência junto a direção do terminal. Para ela, os responsáveis afirmaram que iriam tomar as providências necessárias.
A mãe denuncia que este é um problema recorrente e que grande parte dos motoristas do Transcol não respeitam os direitos das pessoas com deficiência.
“Eu cheguei no terminal, o motorista olhou para mim e disse ‘que saco’. Isso não é a primeira vez. Eu não sei o que fazer; precisamos sair de casa, o ônibus tem o elevador, mas os motoristas não estão preparados ou não têm empatia”, denunciou.
O que diz a Ceturb?
O Jornal Tempo Novo entrou em contato a Ceturb — que é a companhia responsável pelo Sistema Transcol. No entanto, até o momento, não obteve retorno.
Assim que a demanda for respondida, a matéria será atualizada.