Por Conceição Nascimento
Se depender da bancada capixaba no Senado Federal, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) deve permanecer na prisão, que foi efetivada na manhã desta quarta-feira (25). Para alcançar a liberdade, Amaral depende de uma decisão do Senado, que deve aprovar sua liberdade por ao menos 41 votos, mesmo número necessário para legitimar sua permanência na prisão.
Magno Malta (PR) é o segundo senador capixaba a dar sinais de que pode votar pela permanência do petista na prisão. O também senador capixaba Ricardo Ferraço (PMDB) já anunciou que concorda com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que deliberou pela prisão do senador e de outros três envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro denunciado na Operação Lava Jato.
Segundo Malta, nenhum juiz em sã consciência e nenhum ministro de Tribunal Superior decretaria a prisão de um senador da República, líder de Governo, em exercício, sem que tivesse provas contundentes para tal.
“Este é o momento mais importante para a vida de Delcidio, diante das denúncias da Lava Jato, porque aí ele tem como se defender. Torço para que ele saia bem. Mas caso não se saia bem, e as denúncias comecem a se aprofundar, sou daqueles que defendem que quem comete crime tem que responder pelo que cometeu. Penso que é a oportunidade de colocar a defesa dele, falar sua verdade e sair do campo das ilações. Mas é preciso entender que nenhum ministro do Tribunal Superior, sem provas, daria a prisão de um senador da República”, resumiu o senador.
Entenda o caso
O senador Delcidio do Amaral foi preso nesta quarta-feira, sob acusação de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ele é acusado de ser beneficiário do esquema de lavagem de dinheiro e sua prisão, juntamente com outras três pessoas, foi deliberada pelo Supremo Tribunal Federal. Cabe agora ao Senado decidir sobre a permanência ou soltura de Delcídio.