Sendo mais comum na região Amazônica do Brasil, a malária já infectou dois moradores da Serra este ano. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os dois casos são importados, ou seja, os pacientes foram infectados fora do Espírito Santo e voltaram para a cidade portando o vírus. O município está em alerta com a doença desde junho, já que podem aparecer outros casos na Serra.
Conforme noticiado pelo TEMPO NOVO, o primeiro caso foi confirmado em junho. O morador é de Colina de Laranjeiras, foi infectado em Rondônia – que é um dos estados mais comuns para casos de malária. Mesmo assim a Serra está em atenção desde então já que há risco de contaminação no município. Na ocasião, a reportagem teve acesso a um documento enviado pela Prefeitura da Serra para profissionais de saúde.
Já o outro caso aconteceu depois de junho, mas não há informações sobre o bairro e nem o mês que foi ocorrido. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde, disse apenas que a cidade já confirmou mais um caso da doença, sendo dois até agora. Informou ainda que esse segundo morador foi infectado na África.
“Devido a demora na confirmação diagnóstica (1 mês) e características ambientais dessa região (presença do vetor), podemos nos surpreender com novos casos. Tivemos ação de bloqueio pela equipe do VAS no dia 29/05/2019 com objetivo de reduzir a população dos mosquitos transmissores deste agravo”, disse a Secretaria de Saúde em um dos trechos do documento.
Vale lembrar que em 2018 ocorreu um surto de malária no Espírito Santo. Até o mês de agosto do ano passado, o estado tinha registrado mais de 100 casos da doença, incluindo um óbito. Também houve registros da doença na cidade.
Doença pode levar a morte
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Qualquer pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região Amazônica.
A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade.
Sintomas da malária
- febre alta;
- calafrios;
- tremores;
- sudorese (ato de produzir e libertar suo);
- dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.