Majeski quer lei estadual para preservar mangue e restinga no ES

Ativistas de Jacaraípe fizeram a recuperação da restinga do Solemar: ambiente ameaçado após desmonte da legislação federal de proteção. Foto: Divulgação/Associação de Surf do Estado do Espírito Santo

Tramita na Assembleia Legislativa o projeto de lei para transformar manguezais e restingas remanescentes do litoral capixaba em Áreas de Preservação Permanente (APP). Protocolado no último dia 03 de outubro, o projeto de autoria do deputado Sérgio Majeski (PSB) tem por objetivo preencher a lacuna legal deixada pelo governo de Jair Bolsonaro (Sem partido), que no final de setembro, através do Ministro Ricardo Salles, articulou a retirada de manguezais e restinga da lista de ambientes considerados APP.

“Entendemos que a revogação pode causar prejuízos ambientais irreparáveis, uma vez que haverá possibilidade de interpretações mais flexíveis da legislação ambiental em vigor. Diante da importância do tema, buscamos fixar em nível estadual a metragem protetiva determinada anteriormente na resolução Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente)”, destaca Majeski em declaração divulgada por sua assessoria.

Sérgio Majeski (PSB) é professor de geografia e autor do projeto de lei para proteger restingas e manguezais nos 14 municípios litorâneos do ES. Foto: Divulgação /Ales/ Tati Beling

A assessoria do deputado disse que ainda não há previsão de quando o projeto deva r ir a plenário. Antes disso, ele terá que passar pelas Comissões de Meio Ambiente, Justiça e Finanças. Como boa parte dos deputados estão envolvidos nas campanhas de aliados ou mesmo concorrendo a prefeito, a matéria só deve tramitar depois das eleições municipais.

Nos 14 municípios litorâneos do estado, ainda há 8.687 hectares de manguezais remanescentes segundo o Instituto Jones Santos Neves. Desses, 554 hectares são na Serra, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).

Já a restinga aparece nos terrenos arenosos das praias e próximos a elas de norte a sul do estado. Na Serra, se espalham numa faixa de 24 km entre a Praia Mole e Nova Almeida.

No último dia 29 de setembro, logo após a articulação do Ministro Salles no Conama derrubar a condição de APP para esses ambientes, a Semma informou que manguezais e restingas na Serra seguem sob proteção legal prevista pelo Código Florestal.

Redação Jornal Tempo Novo

O Tempo Novo é da Serra. Fundado em 1983 é um dos veículos de comunicação mais antigos em operação no ES. Independente, gratuito, com acesso ilimitado e ultra regionalizado na maior cidade do Estado.

Últimas postagens

Incrível Cervejaria agita Bicanga com programação especial de fim de ano

A Incrível Cervejaria promoverá shows, happy hours com chopps e promoções exclusivas. Crédito: Divulgação A Incrível Cervejaria Artesanal, em Bicanga,…

2 dias atrás

Mortes no trânsito da Serra aumentam e cidade lidera ranking estadual

A Serra segue como a cidade com o maior número de mortes no trânsito no estado, somando 61 óbitos nos…

2 dias atrás

Serra vai se tornar a capital do Espírito Santo nesta quinta-feira (26)

A Serra vai se tornar a capital do Espírito Santo nesta quinta-feira (26). Crédito: Divulgação A Serra, maior cidade do…

2 dias atrás

Festa de São Benedito continua na Serra com puxada e fincada do mastro

A puxada e a fincada do mastro de São Benedito chega este ano a 179 anos de fé e tradição…

2 dias atrás

Equipe de transição de Weverson entrega relatório e destaca organização financeira da Serra

Nesta segunda-feira (23), a equipe de transição de mandato do prefeito eleito Weverson Meireles (PDT) concluiu o relatório final, formalizando…

3 dias atrás

Defesa Civil emite alerta de chuvas intensas no ES e assusta moradores; entenda o aviso

Alerta da Defesa Civil para risco de chuvas intensas foram enviadas para milhares de celulares e smartphones. Crédito: Divulgação A Defesa…

3 dias atrás