Por Bruno Lyra
Pilotava minha moto no sentido Serra x Carapina na segunda (21) à tarde. Na altura do bairro Cidade Pomar, resolvo pegar a via paralela à BR 101, que deveria fazer parte do trevo até hoje não concluído pelo Governo Federal. Na curva, perigosamente escondida pelo mato na malconservada via, um motociclista acidentado por causa de brita na pista. Ao sinal da vítima, um servidor da Secretaria de Justiça que vinha de mais um dia de trabalho no presídio do Queimado, paro com a intenção de ajudar.
Nada grave. Alguns arranhões, um pouco de sangue, uma possível luxação na mão. Mas não era possível movimentar a moto. Com o celular do acidentado sem bateria, pego o meu e ligo para a concessionária Eco 101. Peço ajuda. Eis que o atendente, identificado apenas como Marcos, vem com a pérola: “Vou mandar um carro aí, mas é uma exceção, pois não é nossa obrigação atender essa área. Está fora da concessão”.
Ok. O contrato de concessão prevê que a Eco 101 administre o Contorno do Mestre Álvaro, que até hoje não saiu do papel. Mas daí orientar seus funcionários a criar dificuldade para socorrer acidentados no trecho entre o viaduto de Carapina e a Serra-sede é de uma maldade tremenda. Até porque a concessionária cobra pedágio na via há 1,5 ano e até já aumentou o valor da tarifa. Isso sem duplicar nem um mísero km.
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