Marlon Max
Giz no taco, pontaria preparada, o jogo vai começar. Quem nunca se arriscou em dar umas tacadas? Além de ser o país do futebol, não seria exagero dizer que o Brasil é também o país da sinuca. O esporte é bem acessível e muito jogado nos botecos, entre uma cerveja e outra. E na Serra não é diferente.
“A gente vem aqui pra encontrar os amigos e beber uma gelada. Sempre tem alguém jogando sinuca. Eu geralmente perco quase todas, mas não ligo. É só aguentar a zoação dos amigos depois. Isso é normal”, conta o morador de Carapebus, Ronie Santos, que na última quarta-feira (16) aproveitou o happy hour noturno para jogar sinuca no boteco perto de casa.
Apesar da informalidade, o esporte requer um aparato mínimo para ser praticado. O custo do aluguel de uma mesa, por exemplo, pode chegar à R$300 reais mensais dependendo do tamanho, conta Aline Oliveira, funcionária de uma das maiores empresas do ramo no Espírito Santo.
“A procura é muito grande, a gente atende bares e clubes com a locação e manutenção das mesas, mas também temos sido muito procurados por clientes que querem ter uma mesa de sinuca em casa”.
Na Serra existem dezenas de locais onde os entusiastas do esporte podem praticar. Mas para aqueles que preferem jogar em casa, é preciso investir pelo menos R$ 2.500 reais para ter seu próprio equipamento. O valor pode assustar, mas Aline garante que a demanda por mesas de sinuca só cresce.
Há também a sinuca profissional, que tem disputas organizadas por confederações. Inclusive a Serra já recebeu um competição nacional em 2015, oXXVII Campeonato Brasileiro de Sinuca. Na ocasião cerca de 80 atletas de vários cantos do Brasil vieram à cidade para disputar o certame.