Com o final das eleições municipais de 2016, a agenda de trabalho passa a ser outra: se antes a pauta era composta por propostas para as cidades; agora passamos à fase das análises conjunturais que as viabilizem, buscando recursos – humanos, financeiros e políticos – para concretizar as esperanças depositadas naqueles que venceram seus respectivos pleitos.
A sociedade, democraticamente, fez suas apostas para que tenhamos cidades melhores daqui a 4 anos, em relação ao que vivemos hoje.
Aos que saíram das urnas derrotados, cabe rever posições pessoais e seus projetos políticos. E alguns desses projetos já se avizinham…afinal, em 2018 teremos eleições para governador, deputados federais e estaduais, além de duas vagas para o senado.
Esse 2º turno das eleições na Grande Vitória consolidou um grupo capaz de fazer oposição política ao centro de poder atualmente instituído no Palácio Anchieta. Aliás, provavelmente deve ocorrer alterações nas pastas estaduais, seja para acomodar aliados derrotados ou mesmo em substituição por outros motivos. Fato é que, a equipe de Paulo Hartung foi bastante tímida no cenário eleitoral, se comparado com as gestões anteriores do próprio governador.
Vale ainda ressaltar que os prefeitos eleitos em Viana, Serra e Vitória são aliados de Casagrande. Sem contar que o partido vencedor em Cariacica também faz parte desse núcleo e Max Filho é um histórico opositor de PH, apesar de ter sinalizado uma aproximação recentemente.
Aos que saíram vencedores, em primeiro lugar, parabéns! Com exceção de Vila Velha, os demais municípios escolheram dar continuidade às administrações. Isso é sintomático em vários sentidos, ainda mais diante de um novo formato de disputa. Agora é o momento de reorganizar as bases, a partir da composição das futuras câmaras municipais. Buscar fontes de financiamento para tirar do papel as ideias propostas. Articular com os demais poderes e lideranças, exigindo capital político.
Enfim, desafios não vão faltar aos administradores eleitos. Então, mãos à obra!