Por Clarice Poltronieri
Quem não conhece o corte do Jaca, aquele que por muito tempo andou pelas cabeças dos jogadores de futebol? Esse estilo de cabelo, que mais parece uma obra de arte do que propriamente um corte, está também nas cabeças dos serranos.
Diamantes, estrelas, mickeys mouses, coelhinhos da playboy e tribais são alguns dos desenhos estampados na cabeça dos amantes dos cortes diferentes, normalmente homens. Todos feitos à base de uma boa e afiada lâmina de navalha.
A cabeleireira Paula Meneghetti, do salão Duda, em Carapina, tem dois anos de carreira, mas há apenas um aderiu ao corte com desenho. “Fiquei encantada com a possibilidade de desenvolver um outro tipo de arte na minha profissão. Fiz um curso aqui mesmo na Serra. Os cortes com desenho são mais comuns mesmo nas ações sociais e normalmente em jovens entre 14 e 25 anos”, conta.
Outro expert na técnica é Uellis Barbosa, conhecido como Da Leste. O jovem de 28 anos que trabalhava como ajudante em uma casa de doces, hoje ganha a vida “fazendo a cabeça” da galera.
“Foi no programa Esquenta que conheci essa técnica e dali em diante decidi me tornar cabeleireiro. Hoje trabalho em um salão de Vila Velha e em casa, em Feu Rosa”, diz Uellis que já participou duas vezes do campeonato de cortes de cabelo, uma no Rio de Janeiro e outra no Ginásio Tartarugão, em Vila Velha, no ano passado.
Uellis diz que já fez também corte feminino em uma amiga que raspou a lateral da cabeça e desenhou nela uma borboleta em um tabuleiro de xadrez. O jovem diz que procura sempre se aprimorar. “Estou me preparando para fazer um workshop no Rio, em março com barbeiros dos Estados Unidos”, finaliza.