Tema de grande relevância para a saúde pública, as doenças transmitidas por pernilongos viraram marchinha de carnaval, unindo arte, humor, crítica política e social. ‘Carnaval do Mosquito’ é a mais nova composição do multifacetado artista capixaba Kléber Galveas.
Morador da Barra do Jucu em Vila Velha desde a década de 1970, Kléber ironiza a infestação de mosquitos – e das doenças transmitidas por eles – na cidade canela verde. Mas a sátira pode servir para outras cidades da região metropolitana como a Serra, por exemplo, onde este ano a dengue já contaminou mais de 900 pessoas, chikungunya 32 e zika quatro (até o último dia 14 de fevereiro, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde).
Kléber é também conhecido pelo seu trabalho de pintor e restaurador de quadros, além de ser ativista ambiental. Ele é autor do projeto A Vaca, A Vale e a Pena, que desde 1997 denuncia, com arte e humor em pinturas, a poluição por pó preto da siderurgia e seus danos à saúde do morador da Grande Vitória. O pó preto que chega pelo ar ao seu ateliê na Barra do Jucu é matéria prima para a confecção dos quadros. Saiba mais no site https://www.galveas.com
Confira abaixo a letra e o vídeo da canção ‘Carnaval do Mosquito’ interpretada pelo próprio autor.
Coça, coça, coça, minhas costas.
O corpo todo, tá coçando sem parar.
Dengue, Chikungunya, Zica ou Malária,
Não tem escolha, uma dessas vai pegar.
Tem sangue bom.
O mosquito vai atrás.
Em Vila Velha, a coisa tá demais.
Toma cuidado, Senhor Prefeito!
Tá dando força pro mosquito ser eleito.