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Matança na Serra e no Estado já é maior que em todo ano passado

De janeiro a novembro 285 pessoas foram mortas na Serra, em todo 2016 foram 267. Foto: Divulgação

Thiago Albuquerque

O ano nem acabou e já pode ser considerado mais sangrento que 2016 na Serra, município que há mais de duas décadas é o lugar onde mais se mata no Espírito Santo. Isso porque, de janeiro a novembro deste ano, 285 pessoas foram assassinadas na cidade. Nos 12 meses do ano passado foram 267 homicídios, sendo 250 deles de janeiro a novembro.

Os dados, da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo (Sesp), também revelam crescimento da violência em todo o ES. De janeiro a novembro 1301 casos de assassinatos foram registrados em território capixaba, contra 1077 no mesmo período de 2016. E, assim como na Serra, superou todo o ano passado, que teve 1181 casos registrados.

A curva de aumento da matança fica nítida quando o recorte é o mês de novembro na Serra, onde 23 pessoas perderam a vida para a violência, um aumento de 35% em relação a novembro de 2016, que teve 17 registros. 

Os assassinatos vinham caindo na Serra e em quase todas as cidades capixabas nos últimos anos, mas voltaram a crescer muito após a pior crise da história da segurança pública no ES com a paralisação da PM em fevereiro.

 “É evidente que no mês de fevereiro deste ano, os números não foram satisfatórios. Tudo isso por conta do movimento de familiares de policiais, que contribuiu para a tendência de aumento da violência, e principalmente nos homicídios. Outro grande motivo é alto número de crimes associados ao tráfico de drogas”, avalia o comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Roberto Mauro. O 6º Batalhão é o responsável por todo o policiamento da Serra. 

 

Adolescentes capixabas são os que mais morrem por tiro

Outro dado assustador sobre a violência no ES foi divulgado no início de dezembro: o estado é onde mais se mata crianças, adolescentes e jovens de até 19 anos por armas de fogo em todo o país. O levantamento está num estudo feito pela Fundação Abrinq e se refere ao ano de 2015, portanto ainda antes de explosão de assassinatos verificada em 2017.

E mesmo o estudo não revelando números específicos sobre a Serra, a cidade é uma das que contribuem com a estatística de assassinatos desses grupos etários, diz o tenente-coronel Roberto Mauro.  “Na Serra é o jovem que mata e morre, por conta das drogas. É um problema social que acaba impactando as estatísticas policias. Há cada vez mais jovens sendo presos na cidade”, conclui.

 

 

 

 

 

 

 

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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