Médica oncologista aponta mitos e verdades sobre câncer de pele

No último mês do ano acontece a campanha Dezembro Laranja, voltada para a conscientização e prevenção do câncer de pele, o tipo mais incidente na população, representando cerca de 30% de todos os casos diagnosticados no País.

A radiação ultravioleta (UV), presente nos raios solares, é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, a forma mais eficaz de prevenir a doença é evitar a exposição excessiva e prolongada ao sol.

Os principais tipos de câncer de pele são: Carcinoma basocelular (CBC); Carcinoma espinocelular (CEC) e o Melanoma. Os carcinomas são os mais frequentes, e apresentam altas chances de cura se forem diagnosticados precocemente.

Já o melanoma é o tipo mais raro, mas também o mais agressivo, principalmente pelo alto risco de metástase.

“Todos os tipos de câncer de pele têm como principal fator de risco a exposição solar sem proteção, por isso é fundamental fazer uso de filtro solar diariamente. Apesar de ser o mais comum na população, essa neoplasia é também uma das mais preveníveis”, destacou a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa.

Para auxiliar na prevenção do câncer de pele e incentivar práticas que proteger a saúde da pele, Virgínia esclarece alguns mitos e verdades sobre a doença Confira:

Pessoas com pele e olhos claros têm mais chances de desenvolver câncer de pele.

Verdade. Quem possui menos pigmento na pele tem menor proteção contra as radiações solares e, consequentemente, mais risco de desenvolver câncer de pele.

O câncer de pele é causado apenas por exposição ao sol.

Mito. A exposição solar excessiva é prolongada é o principal fator de risco de desenvolver a doença, mas não o único. As causas também podem estar relacionadas a histórico familiar e exposição às câmaras de bronzeamento artificial, por exemplo.

É preciso usar filtro solar em dias nublados.

Verdade. Embora a insolação seja menor em dias nublados, a emissão de raios ultravioletas independe de o dia estar ou não ensolarado, assim como nos locais com sombra.

O guarda-sol nos blinda totalmente contra os raios solares.

Mito. Mesmo sob a proteção do guarda-sol ou outros locais com sombra, é preciso usar filtro solar, principalmente se estiver na praia, pois a água do mar e a areia refletem a radiação solar expondo a pele aos raios UV.

Queimadura pode evoluir para câncer de pele.

Verdade. Em caso de queimaduras, as lesões devem ter acompanhamento regular com um dermatologista, pois há risco de se tornarem câncer de pele mesmo depois de muitos anos.

 Câncer de pele não melanoma pode evoluir para melanoma.

Mito. São lesões distintas, que surgem em estruturas diferentes do corpo.