
Alana Ghisolfi Mota, de 10 anos, assistia a muitos vídeos de ginástica. Fazia cambalhotas, espacate e se inspirava em ginastas famosas, como Natália Gaudio. Passou a se encantar com as danças, as coreografias e tudo o que envolvia a ginástica rítmica e artística. Até que sua mãe a matriculou numa academia.
Assim começou a história da hoje ginasta Alana, de Colina de Laranjeiras. Mesmo com tão pouca idade, ela atua nas duas modalidades desse esporte.
“Eu pratico a Ginástica Artística há quatro anos e a Rítmica há um ano e meio”, conta a atleta. Ela tem uma rotina de treinos que é de 2 horas e meia na Artística e 3 horas e meia na Rítmica. Suas treinadoras são Liliane Yamate e Simone Luiz.
Para se preparar bem e fazer bonito no esporte, a menina adota uma dieta mais saudável. “Evito o açúcar em excesso, como duas frutas diferentes ao dia e sempre bebo bastante água”, conta Alana, que atua na Associação Yamate (Ginástica Artística) e na Sesport Escola de Campeãs (Ginástica Rítmica).
Como toda jovem atleta da ginasta, ela tem as suas fontes de inspiração. “Na artística, me inspiro na Flávia Saraiva, e na rítmica é a capixaba Natália Gaudio”, duas das mais importantes ginastas do Brasil.
Mesmo ainda com pouca idade e há apenas quatro anos no esporte, Alana ocupa por dois anos o 3º lugar no ranking estadual na ginástica artística; já na rítmica, está em 1º lugar no conjunto no Espírito Santo. E não é à toa o seu bom desempenho. A ginasta tem o apoio da família para seguir firme na carreira. “Minha mãe me leva na ginástica e me busca, e os meus pais me apoiam indo para as competições e os torneios em que eu participo”, conta.
Simone Luiz, uma das técnicas de Alana, conta como conheceu a pequena ginasta. “Ela chegou até mim através de uma seletiva de novos talentos, e logo ela se destacou. O fato de ela já ter feito Ginástica Artística ajudou em muitos aspectos na Rítmica, precisando apenas lapidar na parte estética. Alana evoluiu muito nesse um ano e meio de treino e se destaca a cada dia”.
Simone, que é atleta de ginástica rítmica há 20 anos e ex-seleção brasileira, relata que a rotina nesse esporte é muito difícil, pois exige repetição dos movimentos e disciplina. “Buscamos a perfeição e, em meio a tudo isso, precisamos ser leves e elegantes”, explica.
Para Simone, o Espírito Santo tem sido destaque nacional e internacional, pois três ginastas capixabas representaram o Brasil nas Olimpíadas do Rio 2016. “Além disso, Natália Gaudio segue se destacando e está em busca da vaga olímpica para Tóquio 2020”.
E se depender de meninas como Alana, o Espírito Santo e o Brasil têm tudo para dar saltos cada vez mais altos na ginástica.