Microempreendedores usam internet para ‘bombar’ nas vendas

Clarice Poltronieri

Em um mundo cada vez mais conectado à internet, é natural que as pessoas busquem cada vez mais no ambiente virtual oportunidade de negócios. Na Serra não é diferente, a web é ferramenta fundamental para microempreendedores.  

É o caso da engenheira de produção Glauzilene Cunha Castro, conhecida por Zi. Ela começou a vender fricassê e cachorro-quente no condomínio onde reside em Morada de Laranjeiras, e logo surgiram pedidos para que ela fizesse marmitas. Hoje, com uma página na internet, ela vende cerca de 20 marmitas por dia e consegue manter um bom preço por conta da organização.

“Comecei a vender pelo WhatsApp do condomínio e meu marido, que é analista de sistemas, criou um site onde exibo os produtos. Há opção para o cliente comprar pacote semanal ou mensal, que saem mais em conta. Dessa forma consigo me organizar melhor e atender os pedidos com qualidade, sem encarecer o produto”, explica.

O idealizador da página e marido de Zi, Carlos Alberto Cunha, disse que a procura aumentou, mas como eles trabalham numa cozinha caseira, atendem um público pequeno.“Com a criação da página, ela produz apenas o que foi encomendado, então não tem desperdício. E como há um cardápio prévio, com cerca de 20 pratos, é possível organizar as compras e buscar produtos na promoção para manter o preço, sem cair a qualidade”, aponta.

Em Jacaraípe, Iasmin Teixeira Curtinhas teve um aumento de 80% nas vendas com o uso das redes sociais. “Vendo acessórios e bijuterias e antes fazia venda direta. Agora divulgo pelo Facebook e Instagram e minhas vendas aumentaram em 80%, inclusive entrego em todo Brasil”, pontua.

A empreendedora individual Maira Persi, de Morada de Laranjeiras, também impulsionou suas vendas com as redes sociais. “Utilizo a internet como canal de venda desde que iniciei minha produção, há um ano. Todos os dias uso o WhatsApp para postar novidades e anunciar promoções, além das minhas redes sociais (Facebook, Instagram) e sites de compras (OLX). A internet soma quase 90% de minha movimentação mensal”, revela.