Em meio à corrida eleitoral de 2014, quando disputa a reeleição de deputado federal, o médico Lelo Coimbra (PMDB) enfrentou uma batalha judicial para garantir a legitimidade da sua candidatura. O resultado saiu nesta sexta, quando seu nome foi homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como candidato ao cargo. A decisão foi favorável ao deputado, que alcançou votação de seis votos contra um. Em conversa com a reportagem do Tempo Novo, ele explicou detalhes do processo sobre a candidatura e o sentimento após esse resultado do TSE.
“Esse processo não deveria sequer ter nascido. Foi um problema de pequena monta, pequena importância, mas mesmo assim saneado e, em 2005, arquivado no Tribunal de Contas. Disputei as eleições em 2006 e em 2010, mas esse assunto não foi tratado. Agora em 2014 esse assunto volta como se fosse de grande gravidade e não saneadas. Eram pequenas irregularidades em processos de contas, e foi saneado conforme os preceitos da Lei”, justificou Lelo.
Ainda segundo o parlamentar, por este motivo, o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) entendeu que a tese não era compatível com proposto, que era colocar em dúvida a candidatura do peemedebista. No TRE, o resultado da votação foi de 6×0, já que o presidente não votou, já que participa de votações em caso de empate.
“Em seguida, o Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com recurso no TSE, e a relatora escolhida adotou uma tese de que havia validade. De imediato, o ministro Gilmar Mendes pediu vistas e fez uma severa crítica à postura que a ministra estava adotando naquele processo. Tomou a decisão de julgar ontem (2), quando a sessão foi encerrada com placar de 6×1. Portanto, todos os sete membros votaram”, destacou.
Segundo Lelo, o presidente do TSE, ministro Dias Tófoli, não precisaria ter votado, já que só vota por necessidade de desempate. “Ao votar, disse no conjunto com a Corte, que a da relatora não tem amparo nos preceitos legais que regem este tema na República, o que constituiu uma diretriz, que servirá de base para qualquer outra decisão futura que tenha semelhança com este caso. Pra mim, a vitória é importante, por ter acontecido antes da eleição. Receber o voto do Tófoli é qualitativamente importante. Nunca tive, não tenho, em toda minha vida pública, qualquer processo que possa ter levantado dúvidas sobre minha conduta”, afirmou.
O deputado avalia a qualidade da disputa de 2014 como muito baixa. “Deputados e deputadas que disputam as eleições e seus organizadores de campanha, trabalhavam em todo o Estado a tese de que eu estava inelegível, com a candidatura cassada e de que meus votos não teriam validade. Essa mesquinharia da baixa luta política foi derrotada pela verdade. Nunca tive dúvidas, sempre entendi que estava sendo alvo de um processo por capricho de um promotor do MPE, o que acabou me causando um desconforto importante”, detalhou.
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