O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação contra a Associação de Moradores do Parque Residencial Laranjeiras, na Serra. Foi solicitado o afastamento imediato da presidente da associação, Lusmar Santos Furtado, devido a denúncias de assédio moral contra os trabalhadores da organização.
O pedido de afastamento não foi acatado. No entanto, a Justiça do Trabalho determinou que Lusmar Furtado e sua advogada, Lilian Souto, cessem imediatamente qualquer conduta de assédio moral contra os trabalhadores.
Além disso, foi proibido que mantenham qualquer contato, direto ou indireto, com os trabalhadores que prestaram depoimento no inquérito civil do MPT ou que possam ser testemunhas na ação judicial.
Caso as determinações sejam descumpridas, será aplicada uma multa de R$ 10.000,00 por cada funcionário que seja comprovadamente assediado moralmente ou coagido pela associação ou seus representantes.
A decisão foi emitida pela juíza do Trabalho Tutelar, Fátima Gomes Ferreira, no dia 27 de julho. De acordo com o documento, as rés serão intimadas por um Oficial de Justiça para garantir o cumprimento dessas determinações. A audiência para tratar do caso já está agendada.
Através de sua advogada Lilian Souto, Lusmar Furtado enviou nota onde afirma que: “as acusações são falaciosas e serão devidamente comprovadas no momento oportuno. A decisão perdeu o objeto e está sendo veiculada em redes sociais, para uso político de opositores”.
A polêmica presidente da Associação de Moradores de Laranjeiras
A presidente da Associação de Moradores de Laranjeiras, Lusmar Furtado, está envolvida em polêmicas desde o início de seu mandato como líder comunitária da associação de moradores mais rica do Espírito Santo, que possui um patrimônio de R$ 100 milhões.
No entanto, é importante destacar que Lusmar é apenas um capítulo recente na longa novela de instabilidade política da instituição, que já dura quase uma década. Esse período foi marcado por decisões judiciais que anularam eleições passadas.
A eleição de 2021 resultou na escolha da atual diretoria, presidida por Lusmar Santos Furtado.
Acusações de assédio moral contra funcionários, tema já abordado pelo Jornal Tempo Novo, surgiram quando colaboradores, que lutavam contra o possível fechamento da biblioteca do bairro, denunciaram humilhações e retaliações. Pouco depois dessas denúncias, as trabalhadoras foram demitidas de seus cargos.