Atualização: Vereador é afastado por Rachid, mas continua recebendo salário de R$ 9 mil
Mais uma reviravolta no âmbito judicial pode mexer no tabuleiro da Câmara da Serra. Desta vez, o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) recomendou à Justiça que determine o afastamento do vereador José Geraldo Carreiro (sem partido), o Geraldinho Feu Rosa.
Pesa contra o vereador a acusação de se apropriar de parte dos salários dos servidores, uma prática conhecida como Rachid (veja aqui). As denúncias foram levadas ao MP-ES por meio de dois assessores, que apresentaram vídeos e gravações.
O advogado do parlamentar, Hélio Maldonado, disse que já apresentou a defesa sobre a ação. Além disso, Geraldinho recentemente foi expulso do seu partido, PSB, após enfrentar um processo por infidelidade partidária e enfrenta também um inquérito civil também no âmbito do MP-ES por nepotismo.
Caso seja confirmado o afastamento, Geraldinho será o terceiro vereador afastado da Casa. Em março de 2018 a Justiça determinou o afastamento de Neidia Maura (PSD), então presidente da Mesa Diretora. A acusação é de apropriação de salários de servidores fantasmas.
Em abril de 2019 foi a vez do vereador Nacib Haddad (PDT), acusado de participar de um esquema de fraude em licitações. Acusações que ele nega.
Membro do bloco de oposição na Câmara, Geraldinho tem como suplente o líder comunitário Fábio Latino (PSB), líder comunitário de Taquara. Latino é próximo ao deputado licenciado Bruno Lamas (PSB), e tem simpatia da base aliada do prefeito Audifax Barcelos (Rede).
Caso, esse caso termine no afastamento de Geraldinho e posterior subida de Latino para a vaga de vereador, a tendência é que o movimento de oposição na Câmara, liderado pelo presidente Rodrigo Caldeira (Rede) perca força.