Por Yuri Scardini
No grande público, eleição ainda é um assunto distante. Mas nos bastidores do poder não se fala noutra coisa. Dentro deste jogo, aqui na Serra, está o PT. Partido que governa o Brasil, mas que na maior cidade do ES é um coadjuvante.
Porém já se percebem sinais fortes de um possível despertar dos petistas serranos. O nome para prefeito em 2016 já está resolvido. O escolhido é Givaldo Vieira, atual deputado federal e ex-vice-governador na gestão de Renato Casagrande (PSB). Givaldo carrega experiência nos dois poderes; tem carreira sem escândalos de corrupção; possui fidelidade partidária e uma boa dose de sorte – fator fundamental para política.
Mas, por hora, o PT vem adotando uma estratégia silenciosa. Desgastado a nível nacional por servir de vidraça política, o PT na Serra torce por melhora do cenário político tupiniquim em 2016 para finalmente colocar a cabeça para fora da toca. E enquanto ganha tempo, a legenda ainda evita chamar a atenção dos dois titãs serranos – Audifax e Vidigal.
É uma estratégia de risco, pois o tempo corre e os adversários estão se articulando numa velocidade maior. Além disso, o cenário político nacional para o PT se deteriora a passos largos com a prisão do senador Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado.
“Passar vaselina no corpo”, se espremer aqui e ali pode tirar as chances do PT de protagonizar a luta pelo poder da Serra. Em algum momento o partido vai ter que começar a “bater” em alguém, definir estratégia eleitoral mais sólida, sair da teoria e articular com os entes do poder, tomar coragem e ir para a rua. E não pode demorar muito, afinal, ninguém ganha espaço político sem tirá-lo dos adversários. Tem que bater e dar a cara à tapa.
Fato é que o PT vai precisar de mais espaço, pois na Câmara a bancada ficou grande com três cadeiras e há a possibilidade da atual vice-prefeita Lourecia Riani e do próprio Roberto Carlos virem como candidatos a vereador. Ou seja, com cinco nomes a chapa ficaria com muitos caciques. Logo, lançar uma candidatura própria para disputar a vaga majoritária faz todo sentido. Assim, na pior das hipóteses, os petistas ganham envergadura para alianças no segundo turno em troca de generosos espaços na governança.
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