Brasil

Moraes ameaça suspender Telegram após empresa distorcer PL das Fake News

Alexandre de Morares determinou a suspensão do Telegram por 72 horas. Crédito: Divulgação
CONSTANÇA REZENDE

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ameaça tirar o Telegram do ar por um prazo de 72 horas caso o serviço de mensagens não remova mensagens que teriam distorções sobre o PL das Fake News, em tramitação na Câmara dos Deputados.

Relator do inquérito das fake news na corte, Moras determinou em decisão desta quarta-feira (10) que a remoção do conteúdo deve ocorrer no prazo de uma hora, a contar da intimação da defesa da empresa.

Na terça (9), aplicativo enviou uma mensagem a seus usuários contra o projeto de lei 2630, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. A empresa afirma que “o Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão”.

Integrantes do governo Lula (PT), do Congresso Nacional e do Ministério Público reagiram à mensagem.

Segundo o Telegram, o projeto daria ao governo “poderes de censura sem supervisão judicial prévia”. A empresa estimula os usuários a entrarem em contato com deputados.

O texto do projeto de lei não dá ao governo ou outro órgão administrativo o poder de determinar que conteúdos específicos devam ser removidos das redes.

Apesar de não delegar esse tipo de poder, traz obrigações às plataformas relativas a isso, como combater a disseminação de posts que configurem crimes contra Estado democrático, contra criança e adolescente, racismo, entre outros.

No texto enviado aos usuários, o Telegram afirma que “a democracia está sob ataque no Brasil” e diz que a Câmara deve votar o projeto em breve, criticando a alteração do texto, que teve novos artigos incluídos.

“Veja como esse projeto de lei matará a internet moderna se for aprovado com a redação atual. Caso seja aprovado, empresas como o Telegram podem ter que deixar de prestar serviços no Brasil”, diz a nota.

“Esse projeto de lei permite que o governo limite o que pode ser dito online ao forçar os aplicativos a removerem proativamente fatos ou opiniões que ele considera “inaceitáveis” [1] e suspenda qualquer serviço de internet – sem uma ordem judicial. [2]”, afirma a empresa.

A Folha questionou o Telegram qual o objetivo do envio da mensagem e para quais usuários ela foi enviada. Também perguntou quais artigos do projeto permitiam falar em “censura” e “fim da liberdade de expressão”.

A empresa não respondeu a quem a mensagem foi enviada e disse que sua “equipe jurídica realizou uma análise minuciosa das alterações introduzidas ao PL” e enviou link de texto mais detalhado e que também pode ser acessado pela mensagem disparada.

Redação Jornal Tempo Novo

O Tempo Novo é da Serra. Fundado em 1983 é um dos veículos de comunicação mais antigos em operação no ES. Independente, gratuito, com acesso ilimitado e ultra regionalizado na maior cidade do Estado.

Últimas postagens

Médica oncologista aponta mitos e verdades sobre câncer de pele

“Todos os tipos de câncer de pele têm como principal fator de risco a exposição solar sem proteção, por isso…

8 horas atrás

Comunicados – 28/11/2024

publicidade legal - 28-10-2024Baixar

8 horas atrás

Lama da Samarco: Serra receberá R$ 106 milhões do maior acordo socioambiental do mundo

Lama da Samarco matou 19 pessoas e devastou Rio Doce em 2015. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil). Era 23 de dezembro…

8 horas atrás

Banda Marcial Manoel Carlos de Miranda conquista seis troféus em concurso nacional

A Banda Marcial Manoel Carlos de Miranda é de José de Anchieta, na Serra e faturou no Brasileiro disputado na…

8 horas atrás

Dois atletas da Serra concorrem ao prêmio Melhores do Esporte 2024

Dois esportistas da Serra estão entre os dez finalistas que disputam o prêmio Melhores do Esporte 2024, que elegerá o…

9 horas atrás

Blacksete lança novo clipe em evento especial na Serra

Fundada em dezembro de 1997, a Blacksete nasceu na Serra, com um projeto ambicioso: unir músicos talentosos para formar uma…

10 horas atrás