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Morte de Campos muda cenário nacional e local

Ainda se recuperando do choque pelo falecimento do seu líder maior, Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, o PSB tem pela frente a árdua tarefa de substituir o seu nome na chapa, para seguir na corrida ao Palácio do Planalto.
Segundo o secretário geral do PSB no Espírito Santo, Carlos Rafael, a Executiva nacional do partido deverá se reunir com representantes das outras legendas que compõem a coligação para decidir se Marina Silva herda a vaga de Eduardo ou se outro nome será indicado. Como representante do Espírito Santo na Executiva nacional, o governador Renato Casagrande participará das discussões.

“Acredito que a legenda tem a liberdade de escolher um novo nome, o que a legislação permite, mas do ponto de vista político é preciso avaliar o que temos de mais concreto para o Brasil. A proposta era Eduardo e Marina; na ausência dele, naturalmente o caminho é ela. Embora tenha a identidade da Rede, ela tem a envergadura para tocar o projeto. Não temos muitas opções e é importante manter a adesão da Rede.

O porta voz da Rede Sustentabilidade no Espírito Santo, Gustavo De Biase, avalia a morte de Eduardo Campos como uma grande perda para a política nacional. “A orientação que recebemos é de manter o silêncio do luto e não discutir política até a passagem do rito funerário. Após esse momento, passaremos a discutir novas composições”, comentou De Biase. Já Ronaldo Freire, outra liderança da Rede no ES, admitiu que a expectativa é de que Marina, hoje filiada ao PSB, encabece a chapa dos socialistas. No Espírito Santo, a morte de Campos também pode interferir na disputa ao Anchieta. Em segundo lugar nas pesquisas, o governador Renato Casagrande (PSB) pode ser beneficiado com o clima de comoção que tomou conta do país, sem contar a força da presença de Marina, caso a acreana seja confirmada.

Mas uma questão importante deve ser discutida localmente, já que algumas lideranças da Rede manifestaram apoio público à candidatura de Paulo Hartung (PMDB). Casagrande, cancelou a agenda de campanha no dia 13 de agosto, data do fatídico acidente de Campos. E pelas redes sociais lamentou a morte do companheiro de partido. “Sem palavras para falar da imensa perda que sofremos. Vá em paz, Eduardo! Ficamos com a memória de sua amizade e de seus exemplos”, resumiu.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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