Sofrendo há anos com o descarte de esgoto não tratado, a lagoa de Carapebus foi palco de uma triste cena durante este domingo (24): milhares de peixes foram encontrados mortos nas suas águas. E a principal suspeita é que o lançamento de resíduos in natura pela Cesan/Ambiental Serra possa ser o responsável pela mortandade, segundo ambientalista. A Prefeitura da Serra também apura quais as causas e acionou o Ministério Público para as investigações.
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, uma equipe esteve na Lagoa de Carapebus e constatou a presença de lançamento de alguns pontos de esgoto sem tratamento no local, o que pode ser a causa da mortandade de peixes. Ainda segundo a pasta, o secretário Cláudio Denicoli acionou o Ministério Público para cobrar explicações.
O objetivo, de acordo com o secretário, é apurar se as duas empresas tem responsabilidade em relação ao lançamento de esgotos sem tratamento na lagoa e também reavaliar os contratos, investimentos e cronograma de ação.
O ambientalista Eraylton Moreschi Junior responsabiliza a Cesan e Ambiental Serra pela mortandade, que ele classifica como ‘crime ambiental’. “Não posso afirmar com toda certeza que as próprias empresas estão lançando esgoto na lagoa, mas como elas são responsáveis pelo tratamento do município e por disponibilizar rede de esgoto para os moradores, direta ou indiretamente elas estão lançando esses resíduos na lagoa”, disse.
Conforme informado pelo TEMPO NOVO na tarde deste domingo, a cena trágica da morte dos peixes foi registrada por moradores que frequentavam o balneário, onde o manancial deságua. Vídeos e fotos recebidos pela reportagem mostram milhares de peixes boiando na água e outros já lançados nas margens da lagoa. Segundo ambientalistas, não se trata de um fenômeno natural, mas há grandes chances da causa ser o esgoto in natura.
“Isso é uma tragédia, a causa não é natural com toda certeza. Essa situação é fruto da ação humana e bastante provável que seja poluição por esgoto”, disse o biólogo Cláudio Santiago em conversa com a reportagem.
Instituída em janeiro de 2015 sob a justificativa de ampliar a cobertura de coleta e tratamento melhorar a qualidade do esgoto tratada na Serra, a PPP vem sendo objeto de polêmica. Uma das principais é a frequência com que esgoto coletado – e cobrado – é lançado sem o devido tratamento no meio ambiente. Por conta disso, a Ambiental Serra e a Cesan já acumulam valores milionárias se multas aplicadas pela Prefeitura nos últimos anos.
A reportagem entrou em contato com as empresas que se manifestou por meio de nota. O texto diz que todo o esgoto coletado pela Cesan é tratado e devolvido limpo para o ambiente. Afirma ainda que para evitar o lançamento de esgoto sem tratamento nos mananciais, os moradores devem ligar seus imóveis ao sistema de coleta e tratamento do esgoto.
“Na Serra, o serviço está disponível para 86,8% dos moradores. Destes, 71,7% já ligaram seus imóveis e cerca de 15% dos habitantes, o que representa aproximadamente 50 mil imóveis, têm o serviço disponível mas ainda não estão ligados ao sistema de coleta e tratamento do esgoto.”
Por fim, a Cesan/Ambiental Serra afirma que não foi acionada pela Prefeitura da Serra. “A empresa está à disposição para colaborar com todas as ações para a despoluição dos mananciais”, finaliza.
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