Proibida por lei desde 2017, a prática de motocross nas trilhas da Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro voltou a ocorrer neste domingo (06). Testemunha ouvida pela reportagem e que não terá o nome divulgado por questão de segurança, disse que pelo menos quatro motoqueiros subiram a trilha norte, localizada próxima à Serra Sede, por volta das 11h.
Essa testemunha contou que fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), que é o órgão responsável pela gestão da APA, estiveram na entrada da trilha e ficaram cerca de 20 minutos aguardando o retorno dos motoqueiros para autuá-los. Mas os motoqueiros não apareceram neste período. Não se sabe se retornaram pelo mesmo percurso ou seguiram para outro ponto da APA, uma vez que há interligação entre as trilhas.
A testemunha disse ainda ser frequentadora das trilhas do Mestre Álvaro, onde faz caminhadas por esporte e contemplação. Afirmou que antes da lei municipal que proibiu o tráfego de motos no local, a presença dos veículos era constante nos finais de semana. Situação que além de afetar a vida silvestre por conta do barulho, gerar atropelamento de animais e provocar erosão no solo, afetando córregos e nascentes, também colocava em risco as centenas de pedestres que se aventuram na montanha.
“De 2017 para cá reduziu muito, mas às vezes ainda aparecem alguns motoqueiros como aconteceu hoje (ontem, 06). E isso é perigoso, pois pode atropelar pessoas que estão caminhando nas trilhas. E quando se anda nas trilhas você não espera se deparar com uma moto em alta velocidade”, observou a testemunha.
A reportagem entrou em contato com a Semma para saber se houve algum desdobramento posterior à ação de fiscalização narrada pela testemunha para inibir os motoqueiros no domingo de manhã. Quando tiver retorno, este conteúdo será atualizado