Por Ayanne Karoline
Laranjeiras está perdendo a força comercial. A avaliação é do sócio da imobiliária Macafé e ex-dirigente da Associação dos Empresários da Serra(Ases), Wilson Zon, em entrevista ao Jornal Tempo Novo, na sua edição 1114.
A situação foi confirmada por profissionais do ramo e pelas estatísticas. Atualmente, em datas especiais de vendas, o centro recebe em média 60 mil pessoas por dia, número que já foi maior.
É fato que a chegada dos shoppings ao bairro, hoje já são dois, além da comodidade das compras pela internet e a consolidação de outros centros comerciais nos bairros, como Porto Canoa e Jacaraípe, foram determinantes para o desaquecimento comercial de Laranjeiras como referência comercial. Porém, especialistas e líderes do ramo apontam para um agravante que está afastando as pessoas: a carência de infraestrutura e modernização.
O diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Serra, Samuel Valle pontua a falta de um estacionamento rotativo, falhas no sistema de drenagem, a iluminação insuficiente e até a desorganização dos vendedores ambulantes como os fatores mais preocupantes. “Ainda é o principal e mais dinâmico centro comercial, porém não atende mais a demanda e o padrão de exigências das pessoas, que é trazer praticidade e o mínimo de segurança”, opina Valle, que afirma que ao longo dos anos é perceptível o número de lojistas que desistem do local.
Outro fator citado pelos especialistas é o alto valor do imóvel comercial. Para alugar uma loja grande na região de Laranjeiras, com tamanho de 200 metros quadrados, é preciso desembolsar cerca de R$ 20 mil. Já o metro quadrado para venda está em torno de R$ 3.5 mil. “O valor do aluguel está praticamente igual ao de dentro de um shopping. Aliado a uma logística que não favorece e à falta de modernização, o empresário acaba desistindo de ficar no local”, destaca o presidente da Ases, Antonio Geraldo de Lima.
Estoque alto de imóveis comerciais
O desaquecimento comercial de Laranjeiras reflete nos altos estoques de imóveis comerciais da região para venda ou aluguel. Para se ter uma noção, segundo o Censo Imobiliário do Sinduscon/ES de outubro de 2014, a Serra tinha 274 imóveis comerciais em construção, entre lojas e salas comerciais. No mesmo período em 2013, eram cerca de 600, principalmente em Laranjeiras e Jardim Limoeiro.
O consultor imobiliário José Luiz Kfuri explica que Laranjeiras sofre com altos estoques, depois de receber grande volume de lançamentos. Ele afirma que o bairro vive um momento de oferta maior que procura e preços reduzidos – o metro quadrado já chegou a R$ 4.5 mil.
“Apesar do mercado está paralisado, em 2015 essas unidades serão absorvidas e novos lançamentos devem chegar em 2016”, aposta Kfuri.
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