Os quatro jovens detidos, acusados pelo assassinato de Heron Tosi Campos, de 15 anos, na Ilha do Frade, permanecerão sob custódia por decisão do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Todos os envolvidos, incluindo, a vítima, eram moradores da Serra.
O crime, que ocorreu um mês atrás em Vitória, chamou atenção pela sua violência: os agressores dispararam contra a vítima em uma praia cheia, sem temor de serem descobertos. Eles foram presos na Praia do Canto, imediatamente após o crime.
A idade dos acusados varia de 14 a 17 anos, e suas identidades não serão reveladas por serem menores, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Quando perguntada sobre a investigação, a Polícia Civil esclareceu que os jovens foram detidos em flagrante e que o crime foi enviado ao MPES para as ações apropriadas. O Ministério Público é responsável por decidir sobre a necessidade de investigações adicionais.
O MPES, através da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Vitória, comunicou que em 6 de fevereiro de 2024, solicitou a internação dos jovens como medida socioeducativa, pelo ato infracional equivalente ao homicídio. O processo está em suas fases finais, e os quatro jovens continuam internados, conforme apurado pelo Jornal Tempo Novo.
Assassinato do jovem da Serra
No dia 14 de janeiro, Heron Tosi Campos, de 15 anos, foi assassinado a tiros na Ilha do Frade, em Vitória, onde estava com o pai. Segundo relatos, quatro adolescentes atraíram Heron para uma área rochosa da praia antes de atirarem nele.
A Polícia Militar foi chamada para atender a ocorrência e encontrou o jovem ferido por tiros. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado e confirmou o falecimento. O ataque causou pânico entre os presentes na praia lotada, levando muitos a correrem.
Os jovens apreendidos, também suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas, foram capturados perto da Avenida Saturnino de Brito, na Praia do Canto.
A Polícia Civil relatou que os adolescentes foram levados à delegacia e autuados por ato infracional semelhante a homicídio qualificado, motivado por razões insignificantes e executado de maneira que impedia a defesa da vítima. Eles foram enviados para o Centro Integrado de Atendimento Socioeducativo (Ciase).
