Bruno Lyra
Como previram as pesquisas, deu Jair Bolsonaro (PSL) x Fernando Haddad (PT) no 2º turno das eleições presidenciais. E para ajudar o julgamento do leitor do Tempo Novo sobre quem pode dar melhor retorno para a preservação ambiental, a editoria separou propostas de ambos os candidatos incluídas nos respectivos planos de governo protocolados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E ainda declarações públicas dos postulantes à presidência.
Como serão três edições impressas do jornal até o próximo dia 28, data em que os eleitores voltarão às urnas, a editoria publicará três matérias para detalhamento das propostas. Nesta primeira, são tratados dois temas eixo: Mudanças Climáticas e desmatamento.
Fernando Haddad
Mudanças Climáticas –Redução da tributação de atividades que geram baixa emissão de carbono; mais impostos para atividades com altas emissões de carbono. Zerar emissões de gases estufa da matriz energética até 2050, estimular energia solar. Também elenca obras para dar mais resistência às cidades aos eventos climáticos extremos que devem se intensificar e serem mais frequentes com as mudanças climáticas.
Desmatamento – a taxa de desmatamento líquido zero até 2022. Para a expansão da produção agropecuária, os mais de 240 milhões de hectares já abertos para agricultura e pastagens no Brasil devem ser usados de forma mais eficiente. Cumprimento imediato do Código Florestal.
Jair Bolsonaro
Mudanças climáticas – No programa não há citação nominal ao tema. Mas diz que vai acelerar licenciamento ambiental de pequenas hidrelétricas e apoiar energia solar e eólica no Nordeste. Em declaração pública divulgada pela Agência Reuters em 03 de setembro, o candidato diz que pode retirar o país do Protocolo de Paris, acordo internacional que estabelece metas e compromissos para redução do aquecimento global.
Desmatamento –O programa não traz propostas sobre o tema. Em declaração em Associação Comercial do RJ em 22 de maio, disse que o problema da Amazônia não é o desmatamento, mas a proteção à floresta. Na ocasião prometeu frear a criação de reservas ambientais. Em 14 de maio defendeu, em vídeo publicado no seu canal no YouTube, o fim do Ministério do Meio Ambiente e a incorporação das atribuições da pasta ao Ministério da Agricultura para por fim, ao que chama de indústria da multa.