Há muitos anos, a construção de um grande centro de eventos é vista como um fator estratégico para a Serra, uma cidade com vocação empresarial, especialmente visando ampliar sua visibilidade e atratividade no cenário nacional e internacional. Trata-se, na verdade, de uma infraestrutura essencial que pode impulsionar o turismo de negócios, atrair investimentos e fortalecer a economia local. E, ao que tudo indica, chegou a hora do Novo Pavilhão de Carapina sair do papel.
Para viabilizar o projeto, as ações estão sendo articuladas em três frentes: a Prefeitura da Serra, responsável pelo projeto; o Governo do Estado, que executará a obra; e a iniciativa privada, que ficará com a gestão por meio de uma concessão.
Segundo informações da Coluna Abdo Filho, de A Gazeta, que trouxe atualizações sobre o investimento, o projeto prevê um aporte de R$ 210 milhões em recursos públicos para viabilizar a estrutura. O Departamento de Edificações e de Rodovias (DER), que estará à frente da obra, estima que, percorridas as etapas burocráticas, a construção comece até o final deste ano e seja concluída em 2028 (prazo que vem sendo esticado consecutivamente).
Este é um investimento de grande importância para a cidade e chega em um momento propício, no qual a Serra retoma projetos que haviam sido engavetados, como a ideia de um aeroporto internacional de cargas no oeste de Jacaraípe e a criação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Além disso, há projetos já em execução, como o Parklog, que visa integrar a Serra à economia portuária de Aracruz, transformando o município em uma espécie de retroárea logística para dar suporte às atividades portuárias de Aracruz.
O Novo Pavilhão de Carapina pode se tornar um ativo estratégico para a Serra, muito além de um espaço para receber shows de grandes artistas, como Gusttavo Lima – que, em termos econômicos, também gera renda e empregos. No entanto, seu impacto vai além do entretenimento, pois tem o potencial de posicionar a Serra no cenário nacional e internacional como um centro de negócios e logística, conectando-se às suas vocações econômicas, como o comércio exterior, a indústria logística e a economia de escala, incluindo a produção de aço e o beneficiamento de rochas ornamentais.
Estamos falando de um equipamento capaz de impulsionar o turismo de negócios, atraindo feiras, congressos e conferências, que movimentam executivos, empreendedores e investidores, aumentando a circulação de pessoas e fomentando setores como hotelaria, gastronomia, transporte e comércio.
Guardadas as devidas proporções, toda grande cidade com projeção global investe em centros de eventos de grande porte, como parte de uma estratégia para fortalecer o turismo de negócios e atrair investimentos. Em São Paulo, espaços como o São Paulo Expo e o Transamerica Expo Center fazem parte da infraestrutura que consolidou a cidade como a maior referência em eventos da América Latina. Já Dubai, que é uma cidade relativamente nova, reconhecendo a importância desse tipo de estrutura, desenvolveu o Dubai World Trade Centre, que, integrado a outros aspectos, desempenhou papel relevante na transformação da cidade em um dos maiores hubs de negócios do mundo, fortalecendo sua posição como centro econômico e turístico dos Emirados Árabes Unidos.
A Serra, com seu crescimento econômico das últimas três décadas e potencial estratégico, está diante da oportunidade de atrair investimentos e consolidar sua presença no cenário global. O Novo Pavilhão de Carapina é um passo que precisa ser dado nesse processo, considerando as limitações da atual estrutura, que definitivamente não acompanhou a expansão da cidade e do Espírito Santo.
Um exemplo claro dessa necessidade foi a perda da Vitória Stone Fair, uma das maiores feiras do setor de rochas ornamentais, que acontecia na Serra, mas foi transferida para São Paulo devido, entre outros fatores, à falta de infraestrutura adequada. A feira reunia no ES toda a cadeia produtiva do setor de pedras ornamentais, como mármores e granitos, além de atrair compradores e negociadores do Brasil e do mundo. O evento movimentava milhões de reais em negócios e reforçava a importância da Serra como polo do segmento.
Segundo informações do jornalista Abdo Filho, a área total construída do novo centro de eventos será de 28,97 mil m² [um pouco menor do que previsto que era de 35,8 mil m²], configurando-se como um equipamento de médio porte. Dentro desse espaço, o Pavilhão terá 23,26 mil m², incluindo áreas de exposição interna e externa, além de um foyer (espaço de recepção e circulação), com capacidade para receber 34 mil pessoas simultaneamente. O projeto também prevê um Centro de Convenções anexo, com um auditório de 2,22 mil m² e capacidade para 1.596 pessoas.
Um ponto crítico para qualquer centro de eventos é a infraestrutura de estacionamento, e o projeto já contempla essa demanda. A nova estrutura contará com 1.860 vagas para carros, 14 para caminhões, 133 vagas para motocicletas, 260 para bicicletas e 31 espaços para embarque e desembarque.
Além disso, haverá uma área de quase 10 mil m² para estoque, voltada a futuros investimentos e ampliações. No total, somando a área construída, o estacionamento e o espaço para expansão, o novo complexo ocupará pouco mais de 100 mil m². O projeto integra o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI/ES) e será viabilizado por meio de uma concessão, na qual a operação, manutenção e gestão do espaço ficarão a cargo da iniciativa privada.
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