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Mulher é estuprada e mantida em cativeiro dentro de área da Associação de Laranjeiras na Serra

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Serra
A mulher foi mantida em cativeiro dentro do ginásio da Associação de Moradores de Parque Residencial Laranjeiras, na Serra. Crédito: Divulgação

Uma mulher foi agredida, estuprada e extorquida durante a madrugada de sábado (22) e tarde de domingo (23), na Serra. A vítima ainda foi mantida em cárcere privado por horas dentro do ginásio da Associação de Moradores de Parque Residencial Laranjeiras (AMPRL). O acusado de ter cometido os crimes é o ex-namorado, que prestou serviços de pedreiro para a AMPRL no local utilizado como cativeiro.

Em entrevista concedida ao Jornal TEMPO NOVO, a vítima – que se identificou como Géssica Martins – afirmou que viveu horas de desespero e medo de perder a vida. O pesadelo começou por volta das 4 horas da madrugada de sábado, quando o suspeito desligou a energia da casa da vítima.

Na madrugada, Géssica acordou às 4 horas, percebeu que seu telefone não estava carregado e verificou que a residência estava sem energia. Com isso, começou a andar pela casa e verificar se todos os cômodos estavam sem luz. Em seguida, abriu a porta para ir verificar o relógio, mas encontrou seu ex-marido com uma faca na varanda.

“Foi então que ele que me pegou por trás, me segurou com uma faca na mão e me trouxe para dentro de casa; me forçou a beijá-lo, me forçou a ter relação sexual com ele, ou seja, ele praticou um abuso sexual comigo”, denuncia a moradora da Serra.

Ainda segundo a vítima, o ex-marido a obrigou a desbloquear seu celular para que ele tivesse acesso. “Ele pegou o celular e ficou bravo comigo, começou a brigar e eu fui tentando manter a calma. Eu estava tentando não morrer, fiz de tudo para não morrer. Quando ele foi na cozinha, consegui avisar minha família: só escrevi ‘liga para a polícia’”, disse.

No entanto, pouco depois o homem descobriu e ficou ainda mais transtornado. O criminoso ainda tirou a vítima de dentro de casa e a levou para um terreno. Os dois ainda percorreram a Avenida Central do bairro, mas não havia praticamente ninguém na rua.

Mantida em cativeiro dentro do ginásio de Associação da Serra

Após isso, a vítima foi levada para o ginásio da Associação de Moradores – onde o homem teria prestado serviços para a Associação há pouco tempo.

“Ele me levou para um ginásio e quando estava chegando nesse ginásio inclusive, tinha um homem do lado de fora. Eu gritei, e eu falei assim: ‘me solta, me solta’. Ai o rapaz escutando, percebeu, me olhou, olhou toda a cena, e meu ex falou assim: ‘você está bêbada’; ele fingiu que eu estava bêbada. E eu continuei gritando. E o rapaz ao invés de ajudar, ou ao menos acionar a polícia, mesmo se meu ex fugisse, não fez nada”, explicou.

Géssica ainda disse que a testemunha foi embora: “mas ele simplesmente foi embora, isso me tocou muito, nunca imaginei que as pessoas seriam dessa maneira”, desabafou.

Após isso, a vítima tentou correr, mas o ex-marido a segurou pelo pescoço e a levou para dentro do ginásio. No local, a levou para uma sala cheia de bagunça. No local, segundo Géssica, havia um rapaz.

“Esse rapaz ele foi de certa forma uma benção. Porque meu ex de novo pegou meu celular, pediu para eu desbloquear, eu tive que desbloquear, não tive escolha. Foi quando começou as agressões, que ele bateu na minha cara, bateu no meu ouvido que eu cheguei a ficar surda na hora, chegou a dar um ‘zoom’ no ouvido, ai ele bateu na minha cara, bateu minha cabeça na parede, ele puxou meu cabelo, ele me chutou, ai esse rapaz que estava lá chegou e falou: ‘não, você não pode fazer isso, não se bate em mulher, independentemente de qualquer coisa, não se bate em mulher, e outra, vocês estão separados, não é para fazer isso né’”, contou.

Polícia acionada e vítima resgatada

Acionados por vizinhos e amigos que não conseguiram falar com a mulher, policiais militares ligaram para a vítima por chamada de vídeo, a viram toda machucada e começaram a negociar a liberação dela com o suspeito. A ação contou com reforço de uma equipe do Batalhão de Missões Especiais (BME).

Somente por volta de 13h do domingo (23), o homem a libertou. A mulher foi encontrada com vários ferimentos.

O homem foi preso e encaminhado à delegacia do Plantão Especializado da Mulher (PEM), em Vitória onde foi autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal qualificada, ameaça, stalking, violência psicológica, violação de domicílio, cárcere privado, estupro e extorsão. Ele passou por exames no Departamento Médico Legal (DML) na manhã desta segunda-feira (24) e foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana.

Associação de Laranjeiras lamenta crime na Serra

O Jornal TEMPO NOVO entrou em contato com a Associação de Moradores de Parque Residencial Laranjeiras, na Serra, para saber se a diretoria queria se manifestar sobre o assunto.

Geraldo Pereira da Rocha, tesoureiro da Associação dos Moradores do P.R. Laranjeiras, disse que a entidade lamenta o ocorrido e que deu total apoio e solidariedade a vítima.

“Lamentamos muito o acontecido. Porque é mais uma mulher vítima de um homem violento e nós não podemos concordar nunca com isso, porque é um absurdo. Prestamos toda a solidariedade e apoio a ela. Infelizmente a pessoa que a agrediu chegou aqui pedindo trabalho e as pessoas não têm letreiro na testa dizendo que é violento ou manso”, disse Geraldo.

Geraldo explicou ainda que o ex-marido e a esposa (que na época eram casados) trabalhavam juntos. “Ela como pessoa jurídica e ele como um encarregado e é por isso que ele tinha acesso ao ginásio, porque guardava material de trabalho lá dentro e tinha a chave”.

O diretor da AMPRL explicou ainda que chegou a chamar a atenção do ex-marido da vítima. “Por ele ter a chave, chegou a dormir no ginásio, o que não era permitido e chamamos a atenção dele por isso. Inclusive no dia do ocorrido, uma pessoa conhecida dele estava lá dentro do ginásio, que não é permitido também, mas que neste caso, graças a Deus esta pessoa estava lá, porque foi ele ajudou a salvar a vítima, enfrentando a situação e ajudando de alguma forma a vítima a fugir. Me coloco inclusive a disposição da Polícia para dar maiores esclarecimentos, pois uma pessoa como esta, não pode ficar solta nas ruas”.

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