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Multivacinação para deixar carteirinhas de crianças e adolescentes em dia

Serão oferecidas 16 tipos de vacinas. Foto: Divulgação Governo do Estado

Com o objetivo de colocar em dia a carteira de vacinação de crianças e adolescentes de 0 a menores de 15 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) começou na segunda-feira (11) e vai até o dia 22 de setembro a Campanha Nacional de Multivacinação.

A campanha ofertará todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente, entre elas a vacina HPV para meninos e a dose de reforço da vacina meningocócica C, que entraram no Calendário este ano.

Serão oferecidas as vacinas BCG: protege contra formas graves de tuberculose; Hepatite B: protege contra a hepatite B; Pentavalente: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenzae tipo B (bactéria que causa meningite); Pneumocócica 10-valente: protege contra o pneumococo, bactéria que causa pneumonia e meningite; Meningocócica C: protege contra o meningococo C, bactéria que causa meningite; Varicela: previne a catapora; Rotavírus: protege contra diarreia e desidratação; VIP e VOP: protegem contra os sorotipos 1, 2 e 3 da poliomielite.

Terá ainda dose disponível da Tríplice Bacteriana Acelular (dTpa): protege contra difteria, tétano e coqueluche; Dupla Adulto (dT): protege contra difteria e tétano; Tríplice Viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola; Tríplice Bacteriana (DTP): protege contra difteria, tétano e coqueluche; Tetraviral: imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora; Hepatite A: protege contra a hepatite A e ainda Febre amarela que protege contra a febre amarela e é recomendada para crianças e adolescentes que residem ou vão viajar para o estado do Espírito Santo.

Para facilitar o acesso das crianças e dos adolescentes cujos pais não conseguem levá-los à unidade de saúde durante a semana, os municípios vão montar um esquema especial de funcionamento desses serviços no dia 16 de setembro, um sábado.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, orienta que pais e responsáveis levem as crianças e os adolescentes da faixa etária estabelecida a uma unidade de saúde municipal, neste período, para que a carteira de vacinação seja avaliada.

Conforme esclarece Danielle Grillo, vacinas administradas fora do tempo recomendado ou com número de doses insuficientes podem prejudicar o objetivo do programa de vacinação. Isso porque a proteção individual e coletiva deixa de ser alcançada, abrindo espaço para que doenças eliminadas retornem ou que haja mudanças em seu comportamento epidemiológico, passando a atingir, por exemplo, outras faixas etárias, como é o caso da caxumba, uma doença infecciosa mais incidente em crianças, mas que tem afetado adolescentes e adultos jovens em várias localidades do país.

Meningocócica C

A vacina meningocócica C protege contra a bactéria meningococo C, que causa meningite. Neste ano, ela passou a ser ofertada para meninos e meninas de 12 e 13 anos. Além de oferecer proteção direta ao vacinado, a vacinação dos adolescentes protege indiretamente quem não foi imunizado.

As crianças que não receberam nenhuma das três doses preconizadas até 1 ano de idade podem receber uma dose única enquanto tiver menos de 5 anos de idade.

A meningite C continua sendo o tipo de meningite que mais afeta a população (cerca de 60% a 70% dos casos). A doença apresenta rápida evolução, gravidade e letalidade e tem caráter epidêmico.

HPV

A vacinação contra HPV para meninos entrou no calendário nacional no início deste ano, com a vacinação de garotos com 12 e 13 anos de idade. Em junho, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para 11 a 14 anos. O esquema vacinal para os meninos é de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Além de oferecer proteção direta para os meninos, a vacinação contra o HPV representa aumento de proteção para as meninas não vacinadas. Isso porque o HPV é transmitido às mulheres pelos homens. Assim, se os meninos também tomam a vacina, a possibilidade de transmissão do vírus diminui.

“A vacina protege os meninos contra câncer de pênis e de ânus, evita que as meninas desenvolvam câncer de colo de útero, câncer de vagina e de vulva, além de prevenir em ambos os sexos câncer de boca e de garganta e verrugas genitais”, detalhou Danielle Grillo, enfatizando que a vacina apresenta 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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