Durante a ordem de serviço para a construção do Contorno de São Domingos, nesta quarta-feira (29), o ex-prefeito da Serra e pré-candidato ao governo do Estado em 2026, Sergio Vidigal (PDT), fez comparações entre a Serra e Vitória. Em uma mensagem indireta ao prefeito da capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos), Vidigal afirmou que política pública se faz com “menos discurso e mais resultado”.
Falando já como futuro secretário de Desenvolvimento Econômico — cargo para o qual foi anunciado pelo governador Renato Casagrande (PSB) —, Vidigal destacou o crescimento socioeconômico da Serra nos últimos anos. Ele citou a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do município em comparação com o recuo dos números da capital.
Segundo ele — dados confirmados pela coluna por meio da Secretaria Estadual da Fazenda —, a Serra atingiu, em 2023, um PIB de R$ 43 bilhões, o que representou um crescimento de 18% em relação a 2022. Já Vitória registrou um PIB de R$ 27 bilhões, significando uma retração de 12% no mesmo período.
“A Serra superou Vitória em economia e vamos superar em muitos outros aspectos. Cariacica, que tem um PIB de R$ 26 bilhões, tende a ultrapassar a capital nos próximos anos. Não adianta fazer só oba-oba. Não adianta fazer política só com discurso e não apresentar resultados. Não adianta fazer só festa. Política é resultado para a população”, afirmou Vidigal.
O ex-prefeito foi além e criticou o sistema de saúde de Vitória, alegando que ele é deficitário e que cada vez mais moradores da capital procuram atendimento na Serra. “Vitória nem UPA tem, a Serra tem quatro. Antes, os serranos iam para Vitória se consultar, hoje são eles que vêm para cá. Somos a única cidade que tem um hospital municipal. Podemos contar nos dedos quantas mães saem da Serra para tratar seus filhos”, comparou Vidigal.
Pazolini, assim como Vidigal, é pré-candidato ao governo em 2026. De grupos políticos opostos, ambos podem se enfrentar nas urnas. Durante o evento, Casagrande fez diversos acenos a Vidigal, assim como o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), que também está na disputa pela sucessão de Casagrande e pertence ao mesmo grupo político de Vidigal.