Era dia 29 de abril de 2021, a vacinação em massa ainda estava embrionária na
Serra; naquele dia o Governo do Estado registrou 293 contaminações e 21 óbitos de moradores da Serra – o que até hoje é o dia mais letal da Covid-19 na cidade. Entramos naquele abril de luto e em quarentena, decretada dias antes pelo governador Renato Casagrande, como medida para tentar frear a contaminação e as mortes.
Os hospitais – públicos e privados – estavam lotados e já apresentavam risco eminente de desassistência médica. Na Serra, o prefeito Sérgio Vidigal, após relutar diante do ethos muito forte de religiosidade na cidade, não teve outra opção a não ser diminuir de cinco para quatro anos o prazo de exumação de cadáveres. Medida que ainda vale para os 6 cemitérios públicos e visava abrir vagas para novas covas, já que havia a possibilidade de colapso funerário na cidade.
Os meses se passaram, avançamos na vacinação, controlamos os índices de internações e contaminações da Covid-19; chegamos ao recorde de oito dias sem registrar mortes pela doença desde o fim da última onda em abril daquele ano.
Passamos os meses finais de 2021 um pouco mais próximo do que se considera o ‘normal’. O verão chegou, e as festas de natal e fim de ano foram agitadas; de maneira geral a população relaxou nas medidas sanitárias – inclusive este que lhes escreve. E o resulto é indigesto, mas bem óbvio: boom de contaminações.
Só que dessa vez, não estamos em um contexto de falta de leitos e covas e nem patamares recordes de mortes. Na verdade, neste janeiro os números apontam uma média de mil contaminados (testados e confirmador) por dia (três vezes maior de que abril/2021); e mesmo assim, registramos ‘apenas’ (no sentido estatístico da palavra) uma morte nas últimas 24 horas. Bem diferente do que o fatídico 29 de abril, quando registrou-se 293 contaminados e 21 óbitos.
O ponto central da defesa estatística das vacinas está explicito nessas duas realidades: 2021 e 2022. A diferença desses anos é em especial o índice de cobertura vacinal. Já foram aplicadas na cidade 782 mil doses entre D1 e D2 na Serra, atingindo 63% da população com as duas doses.
Portanto, cabe uma pergunta simples, mas importante, especialmente a quem insiste em militar contra as vacinas testadas e aprovadas, em meio a pandemia: O que explica um dia em que se contamina 293 e morre 21; e no outro contamina mais de 1.000 e 1 óbito; sendo que a diferença mais expressiva é a cobertura vacinal? Vacine-se, é a atitude mais patriótica e cristã que alguém pode tomar neste momento de luta coletiva contra o vírus.
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