Uma lei municipal em Vitória está em discussão para proibir celulares na escola. Por que a escola quer proibir o futuro de entrar no seu espaço?
A escola teme as distrações dos alunos porque há muito tempo já não cativa a sua atenção e está estagnada em métodos precários que não funcionam com os jovens.
Se os alunos estão conectados, por que a escola, em vez de negar a realidade, também não se conecta?
A escola pode trabalhar com a tecnologia, criar aplicativos, testes online, blogs, vídeos, e utilizar os celulares, notebooks e tablets dos alunos de forma produtiva e criativa na sala de aula. Mas a instituição de ensino insiste em seu sistema arcaico e tradicional acreditando que o problema é a nova geração que é dispersa e não quer aprender. Porém a escola relata falar a língua do jovem e se adaptar às mudanças.
Em muitos lugares do mundo a escola já é conectada, cada aluno usa seu notebook ou seu smart phone conectado com as lições da professora em sala de aula. No Brasil esse recurso, ao menos nas escolas públicas, pode ser que ainda demore. Mesmo assim as instituições de ensino podem ser criativas com o que possuem e, em vez de proibir que o aluno traga a sua realidade para a escola, fazer a ponte até a realidade do aluno e aceitar que estamos conectados.
Se a escola já perdeu a interação com os alunos, proibir o celular não vai adiantar, ainda existe o bom e velho papel para passar bilhetinhos, e a mente humana ainda é livre para viajar para qualquer lugar. Soluções de fora para dentro pouco resolvem, é preciso ir na essência e entender por que o aluno perdeu o interesse pela sala de aula.