“Não é uma gripezinha, é uma pandemia”, diz Contarato sobre 100 mil mortes por Covid-19

O senador capixaba e o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

O senador capixaba Fabiano Contarato (Rede) se manifestou sobre as 100 mil mortes causadas pelo coronavírus desde o início da pandemia no Brasil. O país registrou o triste dado no último sábado. Ao comentar sobre o assunto, o parlamentar disse o termo “gripezinha”, que foi utilizado por Jair Bolsonaro (sem partido) para menosprezar a pandemia há alguns meses.

Contarato não citou abertamente o presidente como já fez outras vezes, mas deixou seus sentimentos através das redes sociais. “100.000 vidas perdidas para o coronavírus. Não é um número, são seres humanos. Não é uma gripezinha, é uma pandemia. Minhas orações estão com as famílias dessas pessoas. Que Deus nos abençoe”, afirmou o senador em seu Twitter.

Vale destacar que conforme anunciado pelo TEMPO NOVO, Contarato entrou na Justiça no último dia 4 para a União interromper a produção da cloroquina e hidroxicloroquina destinada ao tratamento da Covid-19. Além disso, o senador quer que o presidente da República, Jair Bolsonaro arque com os custos da produção com o próprio salário.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) também manifestou seus sentimentos para as 100 mil famílias que perderam alguém por conta da pandemia. “O triste número atingido hoje de cem mil mortes pela Covid nos obriga a uma reflexão.Vimos o mundo domado por um inimigo invisível e a dor exposta na história de tantas famílias. Minha solidariedade/respeito são dedicados a cada um que perdeu essa luta. Seguimos na esperança de vencê-la”, disse.

Bolsonaro e a “gripezinha”

Em 24 de março, num pronunciamento em rede nacional de televisão, Bolsonaro, que já havia chamado a doença de gripezinha dias antes, afirmou: “Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria acometido, quando muito, de uma gripezinha ou resfriadinho”.

Dois dias depois, no Palácio da Alvorada, o presidente disse que o brasileiro “não pega nada”, ao comentar o avanço da pandemia: “O brasileiro tem que ser estudado. Ele não pega nada. Você vê o cara pulando em esgoto ali, sai, mergulha, tá certo? E não acontece nada com ele. Eu acho até que muita gente já foi infectada no Brasil, há poucas semanas ou meses, e ele já tem anticorpos que ajuda a não proliferar isso daí”.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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