O mercado político ainda não assimilou, não vê e não acredita na candidatura do ex-deputado estadual Vandinho Leite à prefeitura da Serra, pelo PSDB, na eleição do ano que vem. Esse mercado ainda prefere acreditar que Vandinho, no fundo no fundo, faz movimentos para ser vice em chapa encabeçada pelo deputado federal Sérgio Vidigal (PDT), que deve protagonizar nova disputa com Audifax Barcelos (Rede) pelo comando do executivo municipal.
Essa desconfiança do mercado é plantada em boa parte pela militância do PDT, certamente orientada por Vidigal, que precisa de uma força jovem e em ascensão para enfrentar o seu adversário. Provavelmente Vidigal não quer cometer o erro da eleição de 2012, quando teve que lançar mão de uma desconhecida professora para ser sua vice, uma vez que ficou sem nenhuma opção de expressão, que já se encontravam no palanque de Audifax.
Vandinho é essa força que Vidigal precisa. É jovem, tem um histórico eleitoral vitorioso que, mesmo não vencendo a eleição de deputado federal no ano passado, saiu das urnas com 86 mil votos; obtendo mais votos do que sete dos atuais deputados federais. Além disso, Vandinho filiou-se no PSDB, que tudo indica ser a bola da vez na política nacional, tendo como âncora o senador Aécio Neves.
Vandinho filiou-se no PSDB a partir de Brasília, pelas mãos do deputado federal Max Filho e com as bênçãos do senador Aécio Neves. Em tese, ele está blindado de qualquer tentativa de puxada de tapete, desde que figure nas pesquisas de intenções de voto com percentuais em torno de 15% para cima.
O ex-deputado repudia todas as tentativas de desqualificar a sua candidatura, dizendo que é uma necessidade do partido, que já teria definido que terá candidatos próprios a prefeito em Serra, Vitória e Vila Velha.
Enquanto Vidigal usa o Palácio Anchieta para tentar atrair Vandinho para a sua chapa como vice, o ex-deputado dá o troco por onde anda. Ele tem pregado que o oftalmologista Serginho Vidigal, filho de Sueli e Sérgio, poderia ser um bom vice e assim, a Serra não correria o risco de perder o mandato de deputado federal do ex-prefeito.
Na Rede, Audifax tentar acertar costuras
Para Vandinho, se Vidigal disputar a eleição e ganhar, a Serra vai perder mais do que já tem perdido, e abrindo vaga na Câmara Federal para a suplente, Iriny Lopes, do PT de Vitória.
Se Vidigal articula para tirar Vandinho do páreo e atraí-lo para o seu leque de alianças, a relação entre o prefeito Audifax Barcelos (Rede) e o deputado estadual Bruno Lamas (PSB) vai muito bem. Aquela propagada tese de que se Audifax saísse do PSB, o ex-governador Renato Casagrande viria candidato a prefeito na Serra, não prosperou.
A boa relação criada entre Casagrande e Marina Silva garantiu que o prefeito fizesse uma desfiliação sem trauma ao ponto do ex-governador afirmar que o Rede e Marina são parceiros do PSB e devem caminhar juntos nos planos municipal, estadual e nacional.
Audifax e Bruno também têm conversado bastante e tido um diálogo muito positivo, inclusive no mercado político uma dobradinha entre os dois para a eleição que vem é tida como certa.
Nesse segundo semestre o prefeito Audifax tem buscado uma relação mais próxima com a Câmara, quebrou o gelo com a presidente Neidia (PSD) e até mesmo com vereadores do PDT ele tem buscado um diálogo melhor. Só mesmo o vereador Gideão é que mantém a mesma postura.
Portanto, ainda é cedo para ser mais taxativo com relação aos candidatos a prefeito da Serra. Os nomes postos hoje são o de Audifax, Vidigal, Bruno, Vandinho, Osvaldino Luiz Marinho (PRTB), Givaldo Vieira (PT) e Gideão Svensson (PR).
Com o passar do tempo, com os interesses partidários e as movimentações de cada um, esse quadro certamente será alterado, mas só lá pelos meses de julho e agosto do ano que vem é que ele estará mais claro.