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Neidia arrasta defesa na Justiça e segue recebendo sem trabalhar

Mesmo afastada, Neidia continua recebendo o salário integral de vereadora. Foto: Divulgação

Afastada do cargo de vereadora desde março de 2018, Neidia Pimentel (PSD) ainda não entregou sua alegação final para que a Justiça dê a sentença na ação em que ela é acusada de improbidade administrativa no período que presidiu a Casa de Leis. O prazo venceu em abril; entretanto, a vereadora afastada arrasta o processo e segue recebendo o salário de R$ 9 mil/mês. Procurado, o advogado que a representa adiantou que deve entregar a documentação na semana que vem.

O processo (de nº 00018285820188080048) tramita na 2ª Vara Criminal da Serra e tem como responsável a juíza Letícia Maia Saúde. Segundo o advogado de Neidia, Renato Gasparini Miranda, a ação é muito complexa; por isso, a defesa demorou mais tempo para elaborar os argumentos para alegações finais. 

“Estou fazendo [a defesa]. O Ministério Público demorou 40 dias para elaborar a alegação final; é um processo complexo, volumoso, tem oito volumes. Depois da entrega desse material,  abre-se o prazo para que o juiz dê a sentença. Acredito que,na segunda-feira (17), o processo estará no Fórum”, disse o advogado.

A ação tem como co-réu Flávio Elias Serri, que atuava como controlador-geral da Câmara da Serra, enquanto Neidia era presidente da Casa. A defesa de Flávio está nas mãos do advogado Hélio Maldonado, que entregou o material contendo as alegações finais há um mês. Maldonado foi procurado pela reportagem, mas até o fechamento desta edição, não deu retorno.

Já o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) se limitou a dizer que o processo encontra-se “em carga para o advogado”, orientando a reportagem a acompanhar o andamento da ação no portal do órgão. A ação acusa Neidia e Serri do crime de concussão (Rachid).

Vale destacar que, assim como o TJ-ES confirmou, o processo está em carga para o advogado; entretanto,a defesa já ultrapassou o prazo e a juíza não pode dar a sentença sem as alegações finais. Com isso, a Justiça pode pedir busca e apreensão do processo, destituir o advogado responsável e nomear um defensor público para que dê encaminhamento.

Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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