A Câmara aprovou o projeto de reajuste. O que será feito agora?
Nenhum governo, nem o Federal, nem o Estado, nenhuma prefeitura da Grande Vitória está dando aumento. Nós estamos dando 9,26%. Gostaria muito de dar esse aumento todo de uma vez, mas não estou fazendo por um impedimento legal. Tenho que cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. O Tribunal de Contas e o Ministério Público me monitoram a cada quatro meses. Se ultrapassar esses limites, os recursos federais não vêm, os convênios não vão acontecer. Não quero o que aconteceu há alguns anos quando o servidor ficou sem salário, ia ao restaurante, ao supermercado e não conseguia passar vale porque não era depositado.
Como será a relação com entidades representativas de servidores?
Eu atendo a todas as categorias. O Sindiupes especialmente, estamos em plena negociação, sinalizando de rever a tabela salarial, de beneficiar os inativos com o que foi dado para os ativos. Mesmo assim eles entenderam pela radicalização, pela greve. Mas menos de 20% que aderiram a essa greve, que a Justiça decretou ilegal porque estamos dando reajuste, recomposição salarial.
E as perdas apontadas?
Agradeço a compreensão e a sensibilidade dos funcionários que entenderam esse momento e afirmo que no meu mandato todas as perdas serão corrigidas.
O senhor vai cortar o ponto dos grevistas?
Nosso desejo é pela negociação e pelo diálogo. Nunca fechei as portas para categoria nenhuma, especialmente o Sindiupes. Muito me estranhou que um dia antes dessa decisão deles (de greve), em plena negociação. Continua aberta a negociação, o diálogo, para que a gente possa fazer o melhor para o servidor e para a população da Serra.