O PSL, do presidente Jair Bolsonaro, protagoniza as páginas políticas da imprensa nacional. A sigla vive uma crise que colocou em pé de guerra correntes internas do partido. O atual presidente da sigla, o deputado Luciano Bivar está enrolado em meio a investigações de ‘candidaturas laranjas’ na eleição de 2018 e enfrenta bolsonaristas que querem tomar o controle do partido. Aqui no Espírito Santo, Manato é o líder do PSL. Nesta rápida entrevista, ele comenta o impacto da crise nos planos locais e os cenários para eleição do ano que vem.
O PSL vem enfrentando um racha interno em nível nacional, inclusive pode acarretar a saída do presidente Bolsonaro. Como isso pode interferir nos planos do partido para o ES, especialmente na Serra?
O PSL do ES é Bolsonaro. A gente não sabe onde a corda vai esticar, qual o tamanho da briga, entendeu? Apoiamos o governo dele e ele é o nosso candidato à reeleição em 2022. Os deputados federais e estaduais vão continuar apoiando Bolsonaro, mas nós vamos tocar o partido normalmente, igual estamos tocando caso ele resolva sair. Nós vamos lamentar muito, mas vamos continuar com ele. Somos direita e somos conservadores.
Qual é o tamanho do PSL capixaba? Se ele sair, a tendência é reduzir os quadros do partido?
Estamos com trinta candidatos a prefeito. Já tem mais de 300 candidatos para vereador. E vou fazer o quê? Falar o que para essas pessoas? Vou dizer: ‘Vocês me desculpem! Não posso mais ficar com vocês porque Bolsonaro saiu!’. Eu não posso fazer isso! Preciso dar estabilidade para essas pessoas. Alguns podem ter vindo por causa de Bolsonaro, mas tem um monte que veio porque tem tempo de televisão, tem dinheiro. Outros vieram porque Manato cumpre palavra. Então, a gente tem que saber diferenciar essas coisas. Mas sou Bolsonaro até debaixo de água.
Politicamente, o PSL está mais próximo do grupo político que está no comando da Assembleia, com Erick Musso?
O nosso diálogo é permanente, com o Republicanos e o PSDB. Hoje mesmo, tomei café com Vandinho (deputado/PSDB). Não temos esse problema. Estamos aí na luta.
Tem chance de o PSL lançar um candidato próprio?
Claro. Estamos trabalhando a candidatura, mas temos o delegado Márcio Greick da Polícia Federal. Eu estou fora, não serei candidato na Serra.
Sua esposa, a deputada Soraya Manato, pode ser um nome na Serra?
Também não está dentro do radar. A princípio, o nome é o doutor Márcio. Mas vou te dar uma exclusiva, nós estamos conversando com o Torino (Marques, deputado estadual) para ser candidato na Serra. Torino tem um nome, fez boa votação na Serra. Se ele animar…