Entre janeiro e junho foram oficialmente extintas 1.927 empresas, segundo a Junta Comercial no ES. Esses números certamente são muito mais expressivos, pois quando um empreendedor abre falência não é comum lhe restar recursos para empregar na regularização de sua situação.
Por outro lado, 4.712 empresas foram criadas no mesmo período. O que num primeiro momento pode parecer uma contradição, na verdade expõe um dilema. Em momentos de crise econômica, empresas fecham as portas, o desemprego aumenta, forçando empreendimentos por necessidade.
O empreendimento por necessidade geralmente não é acompanhado de um planejamento coerente, o que pode favorecer seu fracasso. Ao invés disso, o cenário ideal é que houvesse mais empreendimentos por oportunidade, com um plano de negócios bem estruturado.
Se é por necessidade ou por oportunidade não teremos como indicar, fato é que o povo da Serra tem demonstrado uma capacidade enorme de gerar pequenos negócios no município. Em 2014 foram abertos 4.371 microempreendimentos individuais e até o último dia 15 de julho já constavam outros 2.169 novos microempreendimentos individuais. Entre os pequenos negócios mais empreendidos estão os serviços de costura com 2.417; serviços de beleza com 1.794; e serviços de pequenas obras com 1.207 empreendimentos individuais.
Com a previsão de PIB negativo no país este ano, a instalação de grandes empresas nos municípios capixabas é uma realidade cada vez mais distante. Temos que aproveitar na Serra o nosso grande mercado interno – as estimativas do IBGE já dão conta de que passamos de 476 mil habitantes – e fortalecer os setores de pequenos serviços e comércios.