Vitex pomerana. Este é o nome escolhido por pesquisadores que descobriram uma nova espécie do grupo de plantas chamadas tarumãs, nativas da flora brasileira. A nova espécie foi descrita em artigo publicado no última sexta-feira (04) numa revista científica da Inglaterra. E ocorre em área rochosas dos municípios de São Roque do Canaã e Santa Lepoldina, no segundo estão as cabeceiras do rio Santa Maria, principal fornecedor de água pra a Serra.
A descoberta é fruto do trabalho de pesquisa desenvolvido desde 2005 na região serrana do ES pelo Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) – cuja sede fica na cidade de Santa Teresa – , UFES e Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Assinam a descoberta da nova espécie os pesquisadores Elton John de Lírio, Joelcio Freitas, Guilherme de Medeiros Antar e Cláudio Nicoletti Fraga.
Através de texto divulgado por sua assessoria de imprensa, o INMA destaca que a nova espécie de tarumã é um arbusto que cresce em afloramentos rochosos se soma às outras cerca de 250 espécies desse tipo de planta existentes nas regiões tropicais do Planeta, 34 delas existentes nos biomas brasileiros da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Floresta Amazônica.
O Instituto ressalta também que o nome é homenagem à população de origem pomerana que habita a região capixaba onde a espécie foi descoberta. Salienta ainda que a descoberta é mais uma prova da biodiversidade das matas nativas capixabas e que é necessário maiores esforços de conservação e pesquisas em ambientes rochosos da Mata Atlântica, locais que abrigam espécies únicas.
Com informações da assessoria de imprensa do INMA
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A descoberta da nova planta específica de uma pequena parte da região serrana capixaba serva como mais um alerta de que se não forem revertidas as políticas atuais o país seguirá perdendo sua biodiversidade. Os últimos anos – especialmente esses quatro da gestão de Jair Bolsonaro (PL) na presidência – não foram bons para a conservação das florestas e outras vegetações nativas do Brasil. Período em que intensificou o aumento da destruição em praticamente todos os biomas do país.
No caso da Mata Atlântica do ES, o desmatamento cresceu exponencialmente: mais de 400% entre 2019 e 2021, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica.
No caso da região das montanhas capixabas, onde estão boa parte dos territórios de Santa Leopoldina e São Roque, uma das razões do crescimento da devastação é a intensa especulação imobiliária que tem transformado terras rurais com fragmentos de florestas em sítios, chácaras e condomínios.
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