Caso a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU) da Vale seja instalada em Anchieta, cidade do litoral sul do estado, a pressão sobre os recursos hídricos da região vai aumentar. É que quando estiver em operação a fábrica de aço deve consumir 502 litros de água doce por segundo. O dado é do Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da CSU que a Vale entregou ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), órgão responsável pelo licenciamento.
E o rio Benevente, que além de Anchieta atende Guarapari – cidade turística que há anos enfrenta graves problemas de abastecimento, – deverá ser a principal fonte. É que o rio passa ao lado da comunidade de Chapada do Á, área prevista para abrigar o empreendimento.
Na localidade, segundo o Rima, o Benevente tem uma vazão média de 4.608 litros por segundo. Logo, só a CSU será responsável por captar quase 10% disso. Para as obras civis e de terraplanagem há previsão de extração de água do manancial.
O Rima aponta também previsão do uso da água da chuva, que será coletada por meio de canais, galerias e tubulações para aproveitamento nas atividades industriais, cujo excesso será lançado no mar.
Água do mar
Do mar a CSU deve captar 1.100 litros por segundo para resfriamento dos equipamentos. Inicialmente, a previsão é de que a CSU produza 5 milhões de toneladas de placas de aço/ano.
No início de março, a Vale requereu ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) a renovação da Licença Prévia (LP) da CSU que já havia sido concedida pelo órgão em 2011.