Mestre Álvaro

NOVO quer lançar prefeito com discurso contra Vidigal e Audifax e a favor do estado mínimo

A eleição na Serra deve contar com nomes já conhecidos pelo eleitorado, mas também há movimentações de partidos que buscam oferecer opções consideradas novas aos eleitores. O presidente do NOVO/Serra, o economista Benoni Antonio Santos, afirmou em carta que o objetivo do partido é eleger de um a dois vereadores e apresentar um candidato a prefeito. Este candidato pode ser lançado sozinho ou em composição com outros partidos.

A carta, endossada pelos membros do diretório municipal, expressa o desejo do NOVO/Serra de “mudar a forma de fazer política” na cidade. O grupo critica as atuais lideranças políticas, que, segundo eles, mantém a hegemonia na Serra há 28 anos, alternando-se no poder “sem mudar as práticas antigas da gestão pública municipal”. Embora os nomes não sejam explicitamente mencionados, é clara a referência ao prefeito Sergio Vidigal (PDT) e ao ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), que governaram a cidade desde 1997.

Conforme o documento enviado ao Jornal Tempo Novo, a sigla tem se organizado desde o ano passado, quando foi formada uma executiva provisória. Esta é composta por Benoni Antonio Santos, na presidência; Carlos Alberto de Oliveira, um dos proprietários da Faculdade UCL; Tatyane Serrano, profissional de comércio exterior; Lucas Tiago Rodrigues de Freitas, mestre em administração com foco em estratégia e finanças; e François Marques de Lima, empreendedor em tecnologia da informação.

O grupo anunciou: “Para o pleito de 2024, o partido pretende lançar uma chapa forte de pré-candidatos ao legislativo municipal, com a meta de eleger de 1 a 2 vereadores na próxima legislatura. Estamos também trabalhando com nomes para compor uma chapa que disputará os cargos de Prefeito e Vice do Executivo Municipal, seja através de um projeto solo ou em aliança com partidos de espectro ideológico semelhante. Já estamos em diálogo sobre isso”.

Eles também defenderam a “implantação de um modelo de gestão meritocrática”. Segundo o grupo, as carências históricas em saúde, educação, inclusão social e segurança pública podem ser parcialmente atribuídas à falta de “metodologias de trabalho profissionais e meritocráticas”. O documento sugere que para superar a “desigualdade social” na Serra, é necessário “muito mais do que tapinhas nas costas e cafezinhos”, enfatizando: “é preciso capacidade gerencial, conhecimento técnico e, acima de tudo, coragem para fazer o necessário”.

O grupo prometeu adotar uma postura combativa: “Não se faz omelete sem quebrar ovos! Confrontos são necessários, especialmente em uma estrutura dominada por grupos de interesse poderosos há anos. É essencial estabelecer um modelo de liderança que fomente novas lideranças, com uma visão moderna, atual e de longo prazo, pois ninguém é eterno”.

Quanto ao posicionamento partidário diante da polarização política brasileira, o NOVO da Serra alinhou-se ao diretório nacional, definindo-se claramente como um partido de direita, comprometido com a liberdade econômica e as liberdades individuais, defendendo que o Estado deve interferir minimamente na vida e escolhas das pessoas. O grupo também se comprometeu a trabalhar pela expansão do empreendedorismo, desburocratização governamental e redução da carga tributária, combatendo ineficiências e corrupção na administração pública.

Embora o discurso de renovação política do NOVO não seja inédito, tendo sido um tema recorrente na eleição anterior, principalmente na campanha de Vandinho Leite (PSDB), é claro que a demanda por renovação e alternativas ao cansaço político aumentou. O documento destaca a intenção do partido de oferecer uma nova opção política aos eleitores descontentes com o ciclo de governança entre Vidigal e Audifax, adaptando discursos nacionais e aplicando conceitos empresariais ao setor público.

Em 2020, o partido tentou participar ativamente das eleições, mas foi limitado por regras internas. Atualmente, apenas o presidente do diretório ocupou um cargo público recentemente, tendo renunciado após três meses. Ainda não há definição sobre o candidato a prefeito. Um dos maiores desafios será adequar a proposta de um estado mínimo a uma população dependente do setor público, podendo ressonar com eleitores de direita desconfiados com as opções existentes, como Pablo Muribeca (Republicanos) ou potenciais candidatos do PL, que podem ser considerados para alianças partidárias.

Yuri Scardini

Morador da Serra, Yuri Scardini é repórter do Tempo Novo. Atualmente, o jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a editoria de política.

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