Os números de casos confirmados de hanseníase na Serra tem preocupado autoridades do município. A doença, que leva entre 5 e 10 anos para apresentar os primeiros sintomas, pode ser diagnosticada e tratada em cinco unidades regionais de saúde do município.
Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) até outubro de 2019 foram diagnosticados 67 novos casos da doença. Em 2018 foram registrados 88 casos.
Uma das autoridades preocupadas com os casos da doença na cidade é o vereador Pastor Ailton (PSC). Ele protocolou na Câmara da Serra o Projeto de Lei 214/2019, que institui o Janeiro Roxo na cidade. O objetivo é conscientizar a população sobre o diagnóstico e prevenção da doença.
“Apesar dos números oficiais, acredito que o número de casos seja bem superior ao que é divulgado. Também tenho informações de que bairros periféricos estão entre os que apresentam maior número de casos, como Planalto Serrano, Vila Nova de Colares e Central Carapina”, disse.
Em nota, a Sesa informou que, no caso de sintomas da doença, como manchas sem sensibilidade, o paciente deve procurar a Unidade de Saúde de sua referência para uma avaliação. Confirmado o diagnóstico, o tratamento é feito com um médico especialista e a medicação indicada para doença nas Unidades Regionais de Saúde de Boa Vista, Jacaraípe, Serra Dourada, Feu Rosa ou Serra-Sede.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença transmitida pelo bacilo “Mycobacteriun Leprae”. A pessoa infectada pode apresentar na pele manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, sem sensibilidade e também perda de pelos. Os sintomas mais comuns são formigamentos nas mãos e pés, perda de movimentos e diminuição da força muscular, além de atrofia dos dedos.
A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis. A via de eliminação do bacilo pelo doente são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de contato próximo e prolongado.