Bruno Lyra
No último dia 15 de julho, uma sexta feira, Tempo Novo trouxe a manchete destacando que o mês de junho foi o que menos teve assassinatos na Serra em 10 anos, com ‘só’ 15 casos. Se não dá para comemorar, afinal, um assassinato é muito para a família e para a própria pessoa que teve a vida interrompida por outra, a notícia traz pelo menos um alento. Afinal, desde meados dos anos 80, a Serra viu sua taxa de homicídio crescer a níveis estratosféricos, se tornando por diversas ocasiões um dos lugares mais sangrentos do Brasil e do mundo.
Mas é preciso ponderar. Junho é tradicionalmente um mês menos violento. E mesmo ostentado ‘apenas’ 15 assassinatos, a Serra continua liderando com folga o triste ranking da matança capixaba. Tanto que quase a metade dos que perderam a vida para a violência na Grande Vitória no mês de São João estavam na Serra. Por outro lado, já é perceptível uma tendência de queda dos homicídios em boa parte das cidades do ES nos últimos seis anos.
O Governo afirma que 2015 foi o ano com menos mortes em 23 anos no Estado: 1.391. A Serra contribuiu com 320 casos nesta macabra contabilidade.
Números são números. Eles são frios, não refletem a sensação de insegurança dos moradores da Serra e das cidades vizinhas – problema que se estende a maior parte das grandes e médias aglomerações urbanas do país. Muito menos aplacam a dor de famílias dilaceradas pela perda de um ente ou reduzem o prejuízo à sociedade pela ausência de alguém que poderia servir a ela.
Pois foi justamente naquela sexta – feira da manchete do Tempo Novo que um caso triste aconteceu em Colina de Laranjeiras. Dois jovens foram mortos por um policial à paisana, que por pouco, não foi linchado na sequência. Na imprensa estadual, o caso ganhou contornos de covardia, com a reprodução de versões de testemunhas afirmando que o policial matou por motivo banal.
Depois, sugiram versões de que os jovens seriam criminosos e que o policial agiu em legítima defesa. Vai caber a investigação do caso determinar o que é fato e boato. E à Justiça, julgar. Outro caso terrível aconteceu no último domingo (17) no bairro Central Carapina. Ao abordar duas pessoas que estariam vendendo drogas, dois policiais foram agredidos, tiveram a viatura atacada e quase foram mortos.
São situações emblemáticas, que se repetem, e mostram o quão tensa é a vida nesta cidade. E que embora a frieza dos números retratem uma queda nos assassinatos, quem mora ou trabalha na Serra está longe de se sentir seguro. Até quando?
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