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O calo no calcanhar de Audifax

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Por Yuri Scardini

Era início de 2005 quando Audifax Barcelos, então do PDT e o aliado mais importante de Sérgio Vidigal, tomava pose como prefeito da Serra. Batia por mais do dobro do número de votos o segundo colocado, João Miguel Feu Rosa, membro de uma das famílias mais antigas e influentes da cidade.

O cenário econômico era bom e não havia muitos problemas para articular as políticas públicas frente aos novos vereadores. Havia apenas um grupo político hegemônico na cidade. Em linhas gerais, Audifax teve poucos problemas em relação à Câmara dos vereadores.

Era inicio de 2013, quando Audifax Barcelos, então do PSB e o rival mais ferrenho de Sérgio Vidigal, tomava posse como prefeito da Serra. Batia por mais de 50 mil votos o segundo colocado, o próprio Vidigal, na época em seu 3º mandato à frente da prefeitura e tentando um quarto. O cenário econômico começou a definhar no meio do mandato e, para piorar, o relacionamento com o legislativo foi marcado por rusgas e intempéries. Os articuladores audifistas não convenceram. E dois grupos hegemônicos polarizavam a cidade. Em linhas gerais, Audifax teve muitos problemas na relação com a Câmara de vereadores.

Audifax entrou em 2013 com a cabeça de 2005. Não há dúvidas que a falta de articulação na Câmara da Serra marcará, de forma negativa, a relação de Audifax com os vereadores nesta legislatura, que termina em dezembro próximo. A boa notícia é que ainda há grandes chances da relação Audifax x Câmara da Serra ser renovada e novas páginas serem escritas. Para isso, o redista precisa ser reeleito no pleito de outubro.

Há quem diga que a relação entre o Executivo e o Legislativo nesta segunda gestão do prefeito Audifax foi à lá Fernando Collor, ex-presidente que sofreu impeachment por, entre outros fatores, não ter boa articulação com o Congresso Nacional.

A arrogância é irmã do fracasso

No primeiro ano desta gestão, Audifax e sua tropa de choque tentaram governar a cidade de forma quase unilateral, diminuindo a importância do legislativo da cidade. Chegavam projetos de lei de autoria do executivo às 18h de segunda-feira e já na quarta, tais projetos eram votados em caráter de urgência. Não passavam pelas comissões da casa e muito menos eram discutidos.  Collor fez isso nos primeiros meses de mandato, usando a ferramenta constitucional das Medidas Provisórias, que diminuem o poder Legislativo ante ao Executivo.

Audifax desconsiderou que o cenário político não era o de consenso como havia em 2005. Não criou um grupo de coalizão governista convincente e ainda não fez esforço para trazer consigo os vereadores tidos como “neutros”. Derrotado nas urnas, Vidigal estava à espreita e detinha grande influência sobre lideranças e vereadores. O prefeito até conseguiu fazer o presidente da Câmara, Guto Lorenzoni. Mas veio 2014 e no final daquele ano, Neidia Maura Pimentel – nome que não era do agrado de Audifax, venceu a disputa para comandar a Câmara no biênio 2015/2016. Além disso, Audifax não conseguiu impedir que vereadores de oposição sentassem na presidência das principais comissões da Casa.

E as dificuldades do prefeito com os vereadores só aumentaram, à medida que a influência de Vidigal na Câmara foi ficando mais explícita. O exemplo mais recente é o do projeto da Guarda Municipal, onde a Câmara barrou a tentativa de Audifax em colocar na rua, ainda este ano, parte dos 170 agentes aprovados em concurso.

Nesta eleição mais curta e, provavelmente, mais barata as rugas entre essas duas forças politicas vão ser colocadas novamente à prova por meio do voto. Qualquer prognóstico é imprevisível neste cenário. Só há duas certezas: uma é a de que o nível dos ataques deve atingir o máximo de virulência. A outra é a que a cidade será a mais vigiada do ES. Isto se Vidigal não declinar da disputa, é claro.

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