Direito no Cotidiano

O casamento e a união homoafetiva

Desde a promulgação da constituição de 1988, vigora no Brasil a proibição de distinção de qualquer natureza entre os cidadãos brasileiros, seja por critério de raça, sexo, religião, descendência, orientação sexual, etc. Entretanto, os direitos civis plenos do matrimônio demoraram a chegar aos que se identificam como homossexuais.

O casamento civil homoafetivo só foi regularizado em 2013, com a Resolução nº 175 do Conselho Nacional de Justiça, tal regulamentação possibilitou a habilitação, a conversão de união estável em casamento e a celebração de casamento civil, tendo em seu artigo 1º a vedação de que as autoridades competentes se recusem a habilitar, celebrar ou converter casamentos civis de pessoas de mesmo sexo.

Este avanço nos direitos do cidadão homossexual, embora não tenha se dado por iniciativa legislativa, garantiu o acesso desta parcela da população a direitos básicos como casamento civil, comunhão de bens, pensão alimentícia, pensão por morte, direito de adoção de filhos, etc. Direitos já comuns a todos os casais heterossexuais. Assim, torna-se de grande importância à oficialização da união homoafetiva, seja por união estável, seja por casamento civil, para assegurar por instrumento público direitos de sucessão e patrimoniais do casal.

O reconhecimento da união homoafetiva se deu também pelo Supremo tribunal Federal (STF), que a reconheceu como uma unidade familiar por interpretação do artigo 1.723 do Código Civil (CC), por ocasião do julgamento da Ação Direta de Preceito Fundamental (ADPF) de nº 132 e da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de nº 4277.

Vale destacar a manifestação do então Ministro Ayres Brito que argumentou que : “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, sendo que o artigo 3º, inciso IV da Constituição federal veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, neste sentido, ninguém pode ser discriminado em função de sua preferência sexual.

Cristiane Puppim

A autora é Advogada especialista em Direito Civil, com ênfase em direito imobiliário e condominial.

Últimas postagens

Uso de celulares por estudantes da rede estadual está proibido

Já está em vigor a nova legislação que regulamenta o uso de celulares nas escolas da educação básica no Espírito…

6 horas atrás

Câmara vota hoje prevenção e combate ao bullying nas escolas da Serra

Vereadores durante a primeira sessão ordinária de 2025. Crédito: Divulgação/Sanderson Almeida Deve ser votado durante a sessão desta segunda-feira (3),…

6 horas atrás

Serra lidera a geração de empregos em 2024 – confira as áreas que mais contrataram

Divulgação PMS Com dados de 2024 fechados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a Serra mostra mais uma vez que…

6 horas atrás

História e cultura de Nova Almeida são tema de documentário com lançamento em abril

Com lançamento previsto para abril de 2025, o documentário teve as gravações iniciadas em outubro do ano passado e conta…

6 horas atrás

Marcelo Santos é reeleito presidente da Assembleia Legislativa

O deputado Marcelo Santos foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa. Crédito: Divulgação O deputado Marcelo Santos, do União Brasil, seguirá…

7 horas atrás

Vereadores da Serra iniciam ano legislativo nesta segunda (3)

Câmara da Serra, em Serra Sede. Foto: Gabriel Almeida A Câmara da Serra realiza nesta segunda-feira (3) a primeira sessão…

7 horas atrás