Bruno Lyra
No próximo dia 10 de novembro tem o 2º bloco de licitações para empresários interessados em lotes no Polo Cercado da Pedra, também conhecido como Civit III. Sob responsabilidade da Subsecretaria de Estado de Polos Industriais (Suppin), o local é esperança para atração de novos investimentos, geração de riquezas e empregos na Serra, cidade especialmente afetada pela crise no ES e no país. Ouvimos o subsecretário Sérgio Gianordoli sobre este projeto tocado pelo órgão.
[TN] Há quantas áreas disponíveis para investidores no Cercado da Pedra?
[Sérgio Gianordoli] São 106 lotes, sendo que 12 já foram vendidos na oferta inicial de 16 áreas iniciada em agosto. Agora há mais dois editais e para dez lotes. Neles temos lotes maiores, alguns com mais de 9 mil m2. No total o polo tem mais de 1,2 milhão de m2, sendo cerca de 400 mil m2 de área de preservação. Quando estiver tudo ocupado, o Cercado da Pedra deve gerar 2 mil empregos diretos. Um diferencial é que cerca de 20% dos lotes são para micro e pequenas empresas. São os terrenos menores, com até mil m2, de valores entre R$ 264 e R$ 467 o m2.
Quais são os empreendimentos que chegam com os 12 lotes já negociados?
Os 12 lotes foram vendidos para três empresas. Uma delas é a Fortlev, que deverá fazer a expansão da sua planta na Serra naquele local. As outras são Mariano Serviços e Manutençao e a Via Brasil Logística.
Como o interessado faz para participar desta rodada de licitação?
A modalidade é concorrência pública, divulgada previamente em edital. Para participar, o empresário terá que fazer depósito caução de 5% do valor mínimo do lote e apresentar a proposta em envelope fechado no dia da licitação. Os envelopes serão abertos na hora e na frente de todos, vence a melhor proposta. Pedimos que antes de entrar no certame, o interessado cheque se sua atividade está compatível com o PDM da Serra para o local. Nosso contrato prevê que o comprador comece a construir em até 36 meses e pegue o lote no mesmo prazo.
O que acontece com quem não cumpre?
É acionado na Justiça para a devolução do lote. Mas caso o atraso aconteça em virtude de problema na aprovação de licença ambiental ou algum outro tipo de aval da Prefeitura, o empresário pode pedir um aditivo de prazo.
Tem previsão de quando tudo estará vendido?
Até meados de 2018. Ainda existem alguns problemas junto à Prefeitura para que ofertemos todos os lotes. A nossa pretensão é irmos licitando da Avenida Talma para dentro, com os lotes liberados. E como a gente vive um momento de retração da economia, nem cabe oferecer tudo de uma tacada só.
Quais são as pendências junto ao município?
Tivemos que realizar um Prad (Plano de Recuperação de Área Degradada), pagar uma multa que foi aplicada por conta de poeira na execução das obras de infraestrutura.
Tem sido tranquila a aprovação de empreendimentos na Serra?
É preciso melhorar muita coisa, mas isso não é exclusividade do município da Serra.
O que motiva empreendedores a investir no Cercado da Pedra?
O lançamento do Polo gerou grande expectativa entre os empresários locais, que são muito organizados através da Ases (Associação dos Empresários da Serra). A localização é extremamente privilegiada. Ele está próximo ao litoral, aeroporto, BR 101, portos. O local é belíssimo, acesso fácil.
Existem áreas disponíveis nos polos do Civit I e II. A Subsecretaria pretende negociá-las?
Muitas empresas que não cumpriram as condicionantes do contrato foram acionadas judicialmente e podem ter áreas retomadas. Já há três áreas que retornaram para a Suppin. Só estamos aguardando a autorização da Assembleia Legislativa para negociá-las novamente.