As eleições municipais de 2012 no Brasil foram marcadas pela esperança da população na renovação nas prefeituras. A grande maioria dos então prefeitos que buscavam a reeleição foram derrotados por seus adversários. Alguns desses não eram tão ‘novos’ para o povo e já haviam exercido outros mandatos, mas souberam aproveitar o momento e adaptaram seus discursos.
A onda da mudança atingiu inclusive São Paulo, maior cidade do país, onde Fernando Haddad (que nunca havia sido prefeito antes) foi eleito em disputa com José Serra (que já havia sido governador do estado).
Na Grande Vitória, as populações de Vitória, Vila Velha e Cariacica apostaram em nomes que nunca antes haviam ocupado a cadeira de prefeito – tal qual ocorreu em São Paulo. Dos 4 maiores municípios, apenas a Serra elegeu um político que havia sido ex-prefeito.
Passados pouco mais de 3 anos, dados os resultados das últimas pesquisas de intenção de votos, aparentemente o povo vai optar pela mudança da mudança… Em Vitória, Luciano Rezende aparece em 3º lugar, com 17% das intenções de votos, contra 28% do primeiro colocado, Luiz Paulo. Na Serra a diferença percentual é ainda maior: Vidigal aparece com 41%, contra 22% de Audifax. Já em Vila Velha, Rodney aparece somente em 4º lugar com 10%, enquanto Neucimar lidera com 23%. Faltam os números de Cariacica, que serão divulgados na próxima semana, mas à princípio há um movimento político diferente do que se observou majoritariamente em 2012.
Há de se considerar que as campanhas ainda não foram oficialmente iniciadas e muita coisa poderá mudar. Inclusive apostaria na possibilidade de ocorrerem alianças até agora improváveis, tendo em vista que daqui para frente não haverá mais reeleição. A composição de chapas e indicações de vice-prefeitos vai ganhar uma relevância extra e não me surpreenderia se candidatos de peso aceitassem ser vice ou indicassem nomes em troca da desistência de campanhas, em um cálculo político mirando 2020.