A pandemia causada pelo novo coronavírus impactou o vocabulário brasileiro através da inserção de novos termos em inglês no cotidiano brasiliano. Já é bem comum o uso de palavras e expressões inglesas na Língua Portuguesa, entretanto com o avanço do coronavírus houve um desdobramento na Gramática e na convivência social. Percebe-se assim a associação e “familiarização” com o Inglês deixando-se guiar por termos que às vezes não sabemos o significado, mas já incluímos em nosso ambiente linguístico.
Dentro desse cenário pandêmico surgiram palavras ficando presentes à luz do nosso querido Português, entre elas: Drive-Thru, Home-Office, Lockdown, Live, além de Delivery e Kit estes dois últimos já utilizados com mais frequência tanto na fala quanto na escrita no inglês e português.
Em nosso dia-dia escrevemos e falamos, talvez não percebendo o uso dessas expressões para atribuir nossas tarefas. Poderíamos até falarmos em nossa língua mesmo, mas usamos o que é de fora não de forma proposital, entretanto com o avanço da doença e as novidades que ela veio trazendo ocorreu possivelmente um vício da linguagem. Será que se trata de vício ou por causa da incrementação de novos termos, preferimos valorizar o exterior em detrimento do interior?
Observa-se a inclusão de palavras até então de pouca utilização anterior ao nosso novo tempo que estamos vivendo. Ocorre assim um processo, o qual podemos inferir como uma interiorização de novas expressões para associarmos em situações que serão executadas, onde um idioma prevalece sobre o outro.
No caso, uma substituição de termos ocasionalmente impactando a Língua Portuguesa. O impacto do inglês no vocabulário português já ocorre de maneira que determinados substantivos e adjetivos são inseridos em nossa língua, em questão. A essa definição, chama-se de estrangeirismo. Concentra-se, todavia as palavras mais faladas em meio a pandemia, fazendo de nós, brasileiros utilizarmos e aplicarmos com mais intensidade em nossa linguagem. O ponto chave da argumentação é situarmos a maneira como estamos nos adequando as novas expressões que foram disseminadas e fazendo uso.
Nessa configuração, observa-se de forma gradual o anglicismo, deixando-se ocorrer se é que podemos associar metaforicamente como um “imperialismo”, onde o predomínio da Gramática inglesa prevalece no território brasileiro ainda mais.
Alterando não somente a forma de usar as novas palavras, além de atribuir nossas ações com termos adventícios…Está aí cada vez mais perceptível, além da preeminência inglesa, as novas “sequelas” causadas pelo coronavírus no vocabulário brasileiro.
Davi Silva de Carvalho é Licenciado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto.
Em 2017 lecionou na turma de licenciatura (Pedagogia, História e Letras) do Departamento de Educação – DEEDU/ICHS/UFOP. No ano seguinte, desenvolveu seus trabalhos de manuseio e transcrição de documentos avulsos pertencentes ao Arquivo Histórico da Câmara de Mariana/MG. Após sua formação acadêmica (2018), obteve duas aprovações nos processos seletivos para cursar disciplinas como aluno especial no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Espírito Santo, PPGHIS/UFES. A primeira aprovação ocorreu em agosto de 2019 e a segunda em março de 2020. Já em 2021, seu artigo intitulado: Memória e História – Análise do documentário Que Bom Te Ver Viva foi aceito e publicado na revista Horizontes Históricos do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Sergipe, UFS.