Por Bruno Lyra
A duplicação dos cerca de 27 km da rodovia do Contorno de Vitória, que faz parte da BR 101, demorou inacreditáveis 15 anos para ficar pronta. E já vem apresentando problemas no asfalto, principalmente em dois trechos: na baixada próxima à ponte do rio Bubu em Cariacica, e entre a ponte do rio Santa Maria e o posto de combustível ao lado do condomínio Alphaville Jacuhy, já na Serra.
Além de ser uma passagem da principal via que corta o litoral do país, o Contorno também é repleto de empresas, principalmente de logística. As más condições do asfalto geram um custo a mais para o segmento. Assim, como para qualquer motorista que precisa passar no local com frequência.
O trecho capixaba da BR 101 está sob concessão da Eco 101 desde 2013. Em 2014 começou a cobrança de pedágio, que já foi reajustado de lá para cá. Mas estranhamente, a Eco 101 não ficou com a responsabilidade sobre a Rodovia do Contorno.
A concessionária admite que está na programação assumir o trecho, mas depende de uma sinalização oficial da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) . Mas já construiu uma passarela na Serra e um ponto de apoio ao usuário, também no município, mas no trecho próximo a ponte do rio Santa Maria.
A Eco 101 argumenta que só pode reformar e melhorar a pista, que está cheia de ondulações e até buracos, após esse sinal da ANTT. A Agência, por sua vez, não toma uma atitude. Nem o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) faz obra para melhorar a situação. O órgão é responsável pela via até que oficialmente a concessionária assuma.
Enquanto o conveniente jogo de empurra se arrasta, resta ao cidadão, seja ele pessoa física ou empreendedor da região, pagar a conta do carro quebrado, do pedágio e dos impostos.