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“O Manguinhos Jazz e Blues atrai turistas de outros estados do Sudeste e municípios do interior”

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Júlia Sodré é produtora e idealizadora do festival. Foto: Karla Alvarenga
Júlia Sodré é produtora e idealizadora do festival. Foto: Karla Alvarenga

Júlia Sodré é produtora e idealizadora do Manguinhos Jazz e Blues Festival, que chega a quarta edição. O evento  será neste final de semana durante o feriadão da Páscoa.  Formada em Turismo com especialização em gestão cultural e produção musical, Júlia conta como é a montagem do festival, porque escolheu Manguinhos e avalia o rebatimento no trade turístico e na cultura da Serra.

Por que a escolha de Manguinhos para fazer o Festival de Jazz e Blues?

A Associação Comercial do balneário tem um projeto para trabalhar a localidade como uma vila gourmet e cultural. Eu sempre tive a ideia de fazer um festival de jazz, mas em Vitória. Foi quando conheci o Fernando Santana, que sugeriu Manguinhos. Ele conversou com os diretores da Associação e o projeto caiu como uma luva, pois já existia o interesse de levar mais atividades para trabalhar o trade turístico local.

A Serra tem um índice de violência alto. Durante o festival não existe histórico de ocorrências policiais. Você atribui isso a que?

Com certeza a boa música sempre atrai um público diferenciado. Não é comercial, é artesanal. Trabalhamos dentro do universo do blues, do soul, do jazz, do choro, uma coisa mais alternativa, com artistas inéditos que nunca vieram no Estado.

Quais públicos frequentam o festival?

São pessoas de todos os tipos. Classe média, média alta, muito estudante, universitários, gente que vem de ônibus, que fica hospedado na casa de amigos, que vem de bicicleta.

Qual o rebatimento nos hotéis, pousadas e restaurantes?

Muito turista que vem, fica e se hospeda. Os restaurantes vendem 50% a mais. Pousadas 100% ocupadas, casas alugadas. No primeiro ano, inclusive, a gente teve problema porque faltou bebida e comida, não esperávamos tanta gente. Agora tá todo mundo preparado e afinado, os comerciantes contratam equipes extras e dá tudo certo. Vêm turistas de outros estados da região Sudeste, além de gente dos municípios do interior do ES. O festival movimenta também o trade turístico de outras vizinhas. Muitos artistas ficam hospedados em hotéis em Vitória.

Quais são as dificuldades encontradas para fazer o festival?

O problema maior está na captação de recursos. O terceiro e o quarto ano estão sendo os mais críticos. No ano passado os processos ficaram presos na Procuradoria Geral do estado, porque eles entraram em greve. A gente não podia divulgar, soltamos a programação na semana do evento. Este ano não está sendo diferente. O Governo do estado era nosso maior parceiro, mas agora cortou o patrocínio a eventos. Esta edição só vai ser realizada graças ao Instituto Sincades (Instituto de Ação Social e Cultural), o Instituto Colibri e a Prefeitura da Serra.

Como será o festival deste ano?

Será uma edição muito mais compacta. Eram três dias, agora serão dois. Não vamos fazer oficina, nem circuito alternativo na hora do almoço, nem jam sessions que era um ponto alto do festival. Acontecia depois das atrações do palco principal, daí os artistas iam para os barzinhos, só que tem essa lei que proíbe bares abertos após 1 hora, então inviabiliza.

Qual o critério para a escolha dos artistas?

Durante o ano inteiro a gente trabalha nossa fan page e recebemos propostas das mais diversas.  Os artistas escolhidos tocam genuinamente jazz e blues. O meu pai é músico, Paulo Sodré, e é ele quem faz a direção artística. Acompanhamos colunas de grandes críticos de jazz, revistas e vamos analisando qual é a cena.

Qual seria o grande nome deste ano?

Tem o Aruanda da a nova geração do jazz da Serra, são eles que vão abrir o festival. Tem o André Vasconcelos, um dos baixistas mais importantes do Brasil. A BadGuysBlues que é um power trio de blues e rock. A Hammond Gooves que mistura jazz com funk e soul. Depois tem a Hellem Pimentel, também da Serra, cujo trabalho possui influências do jazz e bossa nova. Tem ainda o Igor Prado, um dos bluezeiros brasileiros mais respeitados dos EUA. E por último, a Tia Carroll, ícone do blues que ganhou em 2014 o prêmio de melhor álbum de soul e blues dos EUA. Ela é comparada a Tina Turner, Areta Franklin. É um show que tá causando muita expectativa.

Quantas pessoas trabalham no festival?

Do fornecedor de banheiro passando pelo som, palco, dá umas 50 pessoas. Ano passado, só para cuidar dos artistas tinham uns 10 profissionais. Este ano são três. Tive que enxugar muito.

Qual a estimativa de público?

Com o pé no chão, acreditamos num público de 15 mil pessoas. No primeiro ano foram 10 mil pessoas, no segundo 20 e no terceiro 25. Este ano são só dois dias.

A procura por aula de música na Serra e vizinhanças aumenta com o festival?

Não sei dizer números. Mas eu tive uma aluna que conheceu um instrumento no festival e se interessou em aprender. Acho que amplia os horizontes das pessoas em todos os sentidos, do gosto musical ao técnico.

Qual o custo do evento?

O segundo ano do festival, que foi o maior, foram 18 atrações a gente fez com R$ 425 mil. Este ano, a gente tá fazendo tudo com R$ 80 mil. Não faço o festival para ganhar dinheiro.

O Paul McCartney esteve no Estado e atraiu milhares de pessoas. Você acha que o Estado está entrando na rota dos grandes shows?

Já entrou. Trouxemos o mestre. Quem imaginava que o Paul viria aqui?

Tem festival de jazz em Santa Teresa, de Inverno em Domingos Martins, jazz e blues em Manguinhos. São eventos qualificados, para um público mais exigente. Isso é sinal de que?

Na parte de jazz e blues o maior festival é o de Rio das Ostras, e o maior público deles é do Espírito Santo. Por muito tempo os capixabas iam para outros locais em busca de boa música. As pessoas estão sentindo a necessidade de ter cada vez mais música qualificada.

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