Por Bruno Lyra / Yuri Scardini
De malas prontas para o PSDB, Vandinho Leite diz que será pré-candidato a Prefeito da Serra pelos tucanos. Ele revela seus planos para a cidade, analisa a gestão Audifax Barcelos (PSB), fala sobre o deputado federal e ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT), o governo Paulo Hartung (PMDB) e a gestão Renato Casagrande (PSB), onde foi secretário de Esportes e líder na Assembleia Legislativa.
O senhor enxerga saída para o governo Dilma?
Eu não acredito que o governo do PT tenha credibilidade para dar a volta por cima. Até por que fez uma campanha com mentiras de tal forma que hoje qualquer coisa que a presidente e sua equipe coloque ou fale, é algo que a sociedade não vai acreditar ou vai trabalhar para o Brasil voltar a avançar.
Qual avaliação dos oitos primeiro meses do governo Hartung?
Fui deputado e presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, no segundo mandato dele (Hartung) e pude perceber sua capacidade de gestão. Trabalhei contra a disputa entre Hartung e Casagrande. Diferente do governo Federal, o Estadual tem organização, planejamento. Acho que vai conseguir atravessar essa crise e fazer o estado voltar a crescer.
E esta segunda gestão do prefeito Audifax Barcelos (PSB)?
Não conseguiu encontrar um caminho. É um modelo de gestão que está aí há 20 anos, começou com Vidigal e hoje está obsoleto. Não se atualizou, nem mesmo com o novo cenário da cidade. Hoje não existe uma interlocução da prefeitura com o setor produtivo. Além de não estar atraindo, está desestimulando quem já está aqui. Nesses 20 anos não se pensou na diversificação da atividade econômica da cidade. Todo mundo sabia que o Fundap acabaria, mas ninguém reagiu.
A atuação do deputado federal e ex-prefeito Sérgio Vidigal na Câmara tem sido boa para a Serra?
Ele tem erros e acertos. Um erro grande foi votar contra a redução da maioridade penal e votar a favor da terceirização. Mais também teve acertos, como a discussão do aeroporto, inclusive trazer um de cargas para a Serra. Esse assunto já está feio para o Espírito Santo.
A disputa entre Audifax e Vidigal está atrapalhando a Serra?
A briga é pessoal deles. O prefeito e o ex precisam se atualizar. Eu quero ser uma via diferente. O modelo de gestão de Audifax e Vidigal é igual e está obsoleto.
O senhor está saindo do PSB e diz que se filia nesta sexta (18) ao PSDB. Qual o plano dos Tucanos para a Serra?
Estou me filiando ao PSDB justamente para me lançar pré-candidato. A prioridade do Aécio (Neves) no Espírito Santo é na Serra, Vila Velha e Vitória, com Vandinho, Luiz Paulo e Max Filho. Sabemos hoje da força econômica da Serra no estado. É uma cidade que tem mais de 200 mil eleitores.
O senhor teve mais de 86 mil votos para Deputado Federal e não foi eleito por pouco mais de 1 mil votos. Faltou engajamento do PSB local em sua campanha?
Isso é passado, o PSB se perdeu, não esperava a candidatura do Hartung. Mas fico feliz com as votações que tive até hoje. E sem mandato federal, tenho condições de ser candidato pelo PDSB, que é o partido que poderá fazer o Brasil e a Serra voltarem a crescer.
Vandinho é um político jovem que já foi filiado ao PL (atual PR), agora está saindo do PSB para o PSDB. Tantas mudanças não podem passar a imagem de político pouco confiável?
Na verdade fui de um partido minha vida toda, o PL. Minha filiação ao PSB foi um erro induzido pelo atual prefeito (Audifax) junto com Casagrande. Pretendo ajudar o PSDB a crescer. Queremos eleger três vereadores. E vou trabalhar muito, com humildade e ouvindo as pessoas. Temos uma chance para romper o ciclo de 20 anos entre Vidigal e Audifax.
Quem também se coloca como terceira via é o PT, que tem os nomes do deputado federal Givaldo Vieira e do professor Roberto Carlos?
Respeito Roberto Carlos e Givaldo, mas infelizmente quem manda no PT não são os bons, são os corruptos, vide aí a Operação Lava Jato. E isso tem impacto muito grande no Brasil. Não acredito que o PT vá ter força na cidade.
A Serra é a cidade com maior crescimento populacional do Estado, mas o orçamento municipal não vem acompanhando esse avanço. O que fazer?
O atual modelo de gestão, com 20 anos, foca na despesa. Não trabalha pensando no aumento da receita. Vamos olhar a cidade pensando no desenvolvimento dela, a Serra parou de crescer e ninguém fez nada. Precisamos atrair novos investimentos, diversificar o parque industrial. Apostar também no turismo, que precisa de um foco do poder público. Também é preciso focar na educação, com escolas atrativas que trabalhem com as tecnologias atuais e profissionais qualificados para encarar o mundo de hoje. Não adianta só fazer obras, mas priorizar a qualidade do serviço. O Escola Viva do Governo do Estado é um bom caminho.
O senhor vem criticando publicamente a eleição para coordenador e diretor escolar no município. Por quê?
Porque tem um caráter político. Quem tem um mandato com até três anos no cargo, pode se reeleger. Quem tem mais de um mandato não pode. Eu entendo que quem foi eleito na gestão Audifax pode se reeleger, agora quem é da era Vidigal não pode. Há diretores e coordenadores que estão há muitos anos no cargo e são competentes. Não foram poucas pessoas que me procuraram para reclamar dessa eleição.
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