Durante anos, alojado em suas trincheiras no poder legislativo e muito aguerrido na arte de fazer oposição a todo e qualquer governo, quer seja federal, estadual ou municipal, o PT vivia da máxima do ‘quanto pior melhor’, ou seja: quanto pior os governos melhor para ele, que enchia os olhos da população com suas habilidades em fiscalizar e denunciar.
De fevereiro de 1980 até final de 2012 (22 anos), o PT não admitia mais se valia dessa máxima e sempre também acreditou na ‘Lei de Murphy’, que é um adágio da cultura ocidental, que diz: qualquer coisa que possa correr mal, ocorrerá mal, no pior momento possível. Resumindo é ‘se algo pode dar mal, dará’.
Até os seus 22 anos, o PT se valeu de momentos de crises para fermentá-las, levá-las ao extremo e tirar proveito das mesmas. Foi assim nos governos dos presidentes José Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. O PT não torcia para que os governos debelassem as crises e sim, para que elas chegassem ao fundo do poço; o PT sabia que os governos corriam mal e que o pior momento chegaria e dele tiraria proveito, tanto que chegou ao poder na eleição de 2002.
O PT hoje prova do seu veneno, acusa a oposição de praticar as suas mesmas práticas de quando estava na oposição; acusa ferozmente os que defendem o impeachment de Dilma de golpistas, enquanto para eles tirar Color de Melo do poder não era golpe, apenas livrar a nação de um governante corrupto.
O PT passou 22 anos acusando as oligarquias políticas e hoje se segura no poder graças às relações incestuosas que mantém com as mesmas oligarquias que tanto criticou.
O PT criou um ícone chamado Lula e o idolatrou como um semideus até os dias de hoje. Graças às denúncias de corrupção que afloram a todo o momento, aqueles petistas mais distantes já não o idolatram mais e os mais próximos estão buscando se afastar com medo de represálias públicas.
O PT chegou ao fundo poço e Lula está no fundo do poço, junto com José Dirceu e mais um monte de petistas e feitores que executam suas ordens, que levaram o país a uma de suas mais sérias crises, politica e econômica.
Matando a alma do povo brasileiro
O governo do PT conseguiu apagar uma marca indelével do povo brasileiro, que é o otimismo. Até a alegria e a esperança das pessoas já não é mais a de antigamente. As pessoas estão mais tristes e sem aquela euforia peculiar do brasileiro, que mesmo não estando bem, ele acredita, tem fé e olha para frente na certeza de que vai melhorar.
Hoje só os iludidos é que não veem o agravamento da situação política e econômica do país e que batem no peito dizendo que está bom.
Não está bom; e as pessoas sentem isso de duas maneiras: uma quando sentam na frente de uma televisão, ligam um rádio ou ao leem um jornal. Elas só se deparam com notícias ruins, tanto no campo político quanto no econômico. Tem pessoas abdicando de acompanhar os noticiários, justamente para aliviar um pouco a carga negativa e para não acabar com o pouco da esperança que resta dentro de si.
A outra maneira que sentem que não está bem é no bolso; quando recebem o salário e veem que não conseguem mais pagar suas contas e fazer suas compras como antigamente, dado o aumento de preços, tanto nas prateleiras dos supermercados quanto aqueles controlados pelo governo.
Há também outra frente que traz mais preocupação ainda nos lares brasileiro: o mercado de trabalho. Nesse quesito temos a falta de emprego para quem está chegando ao mercado de trabalho, a falta de estabilidade para quem está empregado e a falta de postos de trabalho para quem ficou desempregado. Só quem tem um membro da família em uma dessas condições é que conhece a angústia que toma conta do coração.
A falta de perspectiva de mudança de rumo, torna ainda mais angustiante a situação. Não se sabe até quando a presidente Dilma e seus auxiliares irão sangrar; pode ser rápido como pode demorar; não se sabe o que virá, o que vai fazer e as hostilidades que irão encontrar.
O povo brasileiro está perdendo o otimismo, perdendo a alegria e a esperança. Está se tornando mais realista, mais racional, mais crítico e menos intolerante.
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